quinta-feira, 16 de julho de 2015

ORFEU - 1



OS MISTÉRIOS ÓRFICOS

Por Joscelyn Godwin, PH.D.


A distante figura de Hermes Trismegisto parece sobre-humana, sem defeitos e também em caráter, e o mesmo vale para Zoroastro, pelo menos até fins do século dezenove, quando Nietzsche a humanizou e a tratou com humor em Also Sprach Zarathustra. Imaginar Orfeu é uma questão diferente. Muitas pessoas podem lembrar duas coisas a respeito dele: que ele era um músico e que ele foi para o submundo a fim de resgatar sua esposa Eurídice. Sua história é o mito arquetípico do poder da música. Com a lira que fora um presente de Apolo, Orfeu podia mover todas as coisas na criação, de pedras, árvores e feras, a seres humanos, a seres demoníacos e até a seres divinos (que podemos chamar de anjos e deuses). Armado somente com suas canções, ele encantou os habitantes do Hades e persuadiu Pluto e Perséfone a deixarem ele levar Eurídice de volta.

Orfeu era um príncipe da Trácia, a região norte da Grécia. Sua mãe era Calíope, a Musa da poesia épica. Alguns dizem que seu pai era Apolo e, certamente, Orfeu fica sob o patrocínio deste deus. Apolo tinha também ligações no norte, ou vindo de Hiperbórea (a terra situada além do Vento do Norte), ou então visitando aquela terra do norte após o seu nascimento na ilha de Delos. Onde ficava Hiperbórea? Como se dizia que ela continha um templo circular ao Sol, alguns a identificaram com a Grã-Bretanha e seu templo com Stonehenge, um monumento muito mais antigo do que qualquer outro na Grécia. Stonehenge e o povo que o construiu eram apolonianos no sentido de serem dedicados ao Sol, à astronomia, à matemática e à música. Muitos pesquisadores modernos penetraram além das limitações da pré-história acadêmica para revelarem, por intuição, as bases dessa antiga ciência. John Michell, o pioneiro neste particular, remontou os diagramas e as dimensões que parecem estar na base do esquema megalítico.1 Jean Richer mostrou que há um zodíaco imaginário cujo simbolismo de doze partes liga a mitologia à geografia da área egéia.2

Paul Broadhurst e Hamish Miller seguiram uma exuberância de terrenos em alinhamento geométrico apoloniano, desde a Irlanda até à Palestina 3. Michell, além disso, seguiu o mito dos “coros perpétuos” mantidos em antigos santuários com o objetivo do que ele chama de “encantar a paisagem”4. Se a pessoa está atenta para essas descobertas, fica claro que havia uma alta e ordeira civilização bem estabelecida no terceiro milênio a.C., da qual os arqueólogos conhecem quase nada.

Esse encantamento da paisagem é exatamente o que se supõe que Orfeu fez com a sua música, lançando um encantamento benigno sobre a natureza e trazendo paz entre os seres humanos. Como parte da sua missão, ele reformou o culto a Dionísio (Baco) e tentou persuadir seus seguidores a desistirem de seus sacrifícios de sangue. Em lugar das orgias dionisíacas, Orfeu fundou os primeiros Mistérios da Grécia. O propósito destes mistérios, ao que podemos dizer, era transmitir algum tipo de conhecimento direto que era útil para enfrentar a perspectiva de morte. A viagem de Orfeu para o Submundo a fim de resgatar Eurídice deve ser entendida no contexto dos Mistérios 5. Nas mais antigas versões do mito, ele de fato teve sucesso em trazê-la de volta à vida. Só mais tarde o episódio foi enfeitado pelos poetas 6 de modo que ele terminou tragicamente, quando Orfeu no último momento desobedeceu a proibição de olhar para sua mulher antes que ele alcançasse a superfície da Terra, e nova-mente a perdeu para sempre.

Orfeu foi originalmente um líder de almas que tinha o poder de resgatar almas da condição como que sonolenta que se acreditava em tempos arcaicos ser o inevitável destino dos mortos. Os iniciados aos Mistérios eram assegurados de que este não seria o destino deles e de que, como Eurídice, eles seriam salvos do reino sombrio de Pluto. Foi a primeira vez que a imortalidade da alma foi ensinada no solo grego, iniciando uma tradição que Pitágoras, Sócrates e Platão iriam acentuar, cada qual à sua maneira. (Ver capítulos 4 e 5 [Ed: de The Golden Thread].)
Grande parte do que conhecemos do orfismo data de muito mais tarde, mesmo do que esses filósofos. Sob o Império Romano, por volta da época do cristianismo primevo, houve uma grande ressurgência do orfismo como uma religião de mistério. Os Hinos Órficos, um conjunto de encantamentos dirigidos aos vários deuses e daimons [demônios], datam dessa ressurgência7. Longe de descartar a adoração de Dionísio, o orfismo o tornou então o próprio âmago da sua doutrina. Um dos mitos de Dionísio afirma que, quando criança, ele foi capturado pelos Titãs (os rivais dos deuses), que o desmembraram e o comeram. Afortunadamente, Zeus conseguiu salvar o coração do seu filho. Ele próprio o engoliu e no devido momento deu a Dionísio um segundo nascimento. Os Titãs foram derrotados e dos seus restos vieram os seres humanos. Por conseguinte, todo corpo humano contém um pequeno fragmento de Dionísio.

É fácil reconhecer neste mito a doutrina, hoje conhecida mas então absolutamente desconhecida, de que cada pessoa não é apenas um composto de corpo e alma, mas também possui uma centelha da divindade absoluta. As religiões que mantêm esta doutrina se destinam a recuperar, reviver e eventualmente realizar essa centelha, na vida ou depois da morte. Realizá-la – “torná-la real” – é se tornar um deus e, daí em diante, imortal. Esta era a promessa suprema dos Mistérios. Para os não-iniciados, só existe a probabilidade do Hades, um lugar que não é de tormento exceto para os muito débeis, mas tampouco de prazer, mesmo para os melhores homens. Finalmente, a alma lá definha e morre, liberando a centelha divina para reencarnar num outro composto de corpo e alma. Isto vem tocar novamente na questão da imortalidade condicional (ver capítulo 2 [ Ed: de The Golden Thread]), que é uma constante preocupação do ensinamento esotérico e de sua prática. A distinção está implícita já na Odisséia de Homero, embora o trecho relevante seja provavelmente uma interpolação da época clássica. Quando Odisseu vê os heróis no Hades, mesmo o maior dentre eles está preso ali sem esperança de ascensão, redenção ou renascimento. Uma única exceção é feita para Hércules. Odisseu, segundo se diz, só viu sua imagem no Hades, ao passo que “o próprio” Hércules está entre os deuses eternos 8.

Aqui, Hércules representa o iniciado, que está supostamente livre dessa roda de nascimento e morte e é capaz de seguir para um destino mais glorioso entre os deuses. Como um lembrete, os iniciados órficos não eram enterrados com potes de alimentos e mobília, mas cremados e enterrados com folhas de ouro inscritas em grego9. Estas folhas contêm preces e instruções quanto ao que eles deveriam dizer e fazer ao despertarem após a morte. Eles tinham de evitar a todo custo beber no Lago de Letes (esquecimento) e, em lugar disto, virar para a direita, para o Lago de Mnemosyne (memória) e se dirigir aos guardiães com estas belas palavras: “Eu sou o filho da Terra e do Céu estrelado. Isto vós mesmos também sabeis. Estou sedento e estou morrendo. Vinde, dai-me logo da água fresca que flui do Lago da Memória”. Ou, ao encontrarem os governantes do Hades, eles deveriam dizer: “Eu venho como o puro dos puros, Eucles, Eubouleus e todos os outros deuses! Pois também eu afirmo que sou da vossa raça”.

No período romano, como podemos ler na versão de Ovídio da sua história 10, a figura de Orfeu havia se tornado trágica. Ele não só perdeu Eurídice pela segunda vez, mas ele próprio sofreu uma morte cruel. Diz-se que ele voltou para a sua Trácia natal a fim de reformar seus habitantes, mas caiu em conflito com as bacantes, mulheres seguidoras dos incorrigíveis ritos de Dionísio. Gritando para calar suas canções mágicas, elas arrancaram cada um dos seus membros. Mas sua cabeça flutuou no mar e se alojou numa rocha da ilha de Lesbos, onde continuou a cantar. Ele próprio foi retirado dali por seu pai Apolo, e sua lira foi elevada às estrelas como a constelação de Lira.

Com esta versão do seu mito, Orfeu assumiu seu lugar entre os outros salvadores sofredores cujos cultos eram populares na Roma cosmopolita: Dionísio, Attis, Adonis, Hércules, Osíris e Jesus de Nazaré 11. Estes seres divinos ofereciam uma relação pessoal com seus adoradores, que muitas pessoas achavam mais satisfatória do que a dos distantes deuses do Olimpo. A implicação era de que, assim como os deuses haviam sofrido, falecido e retornado ao seu céu nativo, assim seria também com os seus seguidores.

Alguns dos primeiros cristãos encaravam Orfeu como uma espécie de santo pagão, confundindo mesmo sua imagem com a de Jesus. Ambos estes salvadores eram semi-deuses de descendência real que procuravam reformular uma religião existente em prol do humanitarismo. Ambos desceram ao Hades para resgatar seres amados da morte eterna. (A descida de Jesus ao Hades para libertar as almas dos pais do Velho Testamento não é bíblica, mas foi uma doutrina padrão desde o século dois)12. Suas religiões ensinavam a imortalidade potencial da alma, dependendo das ações da pessoa na vida. Ambos sofreram morte trágica como sacrifício às religiões que haviam tentado reformar: Orfeu, como vítima desmembrada da orgia dionisíaca; Jesus, à imagem do cordeiro morto para a ceia da Páscoa. Suas relações com suas religiões originais eram altamente ambíguas. Jesus, embora reconhecendo o deus judaico Jeová como o seu pai celestial, tratava a lei mosaica com desprezo e, supostamente, morreu na cruz para amainar a ira do seu Pai para com a humanidade. Orfeu foi morto pelos sectários de Dionísio, imitando a morte deste nas mãos dos Titãs.

A importância dada à próxima vida incentivou tanto os órficos quanto os cristãos a protelarem seus prazeres nesta vida. Os dois grupos procuravam levar uma vida de castidade e abstinência (os órficos eram vegetarianos) que era incongruente com a sociedade que os cercava. Foi também causa de surpresa o fato de que ambos praticavam amizade com estrangeiros e não somente com pessoas de sua própria raça e seu próprio credo, como os gregos e os judeus tendiam a fazer. Mas isto era uma conclusão natural do princípio de que toda pessoa era em essência divina. Consequentemente, o orfismo foi a primeira religião da Europa e talvez a primeira de qualquer lugar a pregar aquilo que temos em mente como virtudes “cristãs”, a prometer uma vida póstuma cuja qualidade dependia da sua prática e a instituir mistérios como um antegozo do futuro destino da alma.

Os órficos haviam sido os primeiros filósofos da Grécia e os ancestrais espirituais das escolas pitagórica e platônica, renomadas pelo ascetismo e crença na imortalidade da alma. Ora, no renascimento órfico eles gravaram seus princípios na nova religião. Mediante codificação numérica de palavras-chave e frases-chave no (Novo) Testamento Grego, o cristianismo estava ligado à tradição pitagórica, na qual a música e o número eram os primeiros princípios do universo 13.

Mas esse conhecimento não era para uso geral. Em dois aspectos o orfismo foi a primeira religião esotérica conhecida. Primeiro, ele impunha o selo dos Mistérios, de modo que os ensinamentos dados na iniciação não eram revelados a estranhos. Segundo, ele dava uma interpretação mais profunda e simbólica a mitos existentes como a Teogonia (a genealogia dos deuses greco-romanos). Mistérios e o conhecimento de significados ocultos nas escrituras têm sido desde então duas das principais marcas do esoterismo.

O ímpeto órfico sobrevive até hoje, não em religião tanto quanto nas artes, das quais Apolo é o patrono tradicional e as Musas são as inspiradoras. Essas “artes” eram originalmente disciplinas que de alguns modos estavam mais próximas do que chamamos de ciências: elas incluíam história e astronomia, juntamente com dança, música, poesia e drama.14 Seus efeitos foram calculados, até mesmo no sentido literal de serem regidos pela matemática. Isto é óbvio nos casos da astronomia e da música. Mas a poesia, também, é discurso controlado por número rítmico; a dança é movimento rítmico e geométrico; o drama e a história controlam as memórias e os rumores desregrados de eventos terrenos e divinos e os transformam em lições morais e filosóficas.

Qualquer que seja o estado das artes hoje em dia, as Musas estavam originalmente, não no afã de divertir as pessoas, mas de as civilizar, usando técnicas apropriadas e altamente desenvolvidas, baseadas em geral no número. Isto nos leva de volta à elaborada matemática de Stonehenge e outros monumentos pré-históricos e à visão de John Michell da civilização mantida num estado de graça pelo incansável cantar da canção mântica, de sua música regida pelo número e pela proporção. 15

Diz-se que Orfeu, cantando para a Lira de Apoio, teve o poder de mover qualquer espécie de corpo e alma. Ele pôde separar as rochas em colisão de modo que o navio dos argonautas puderam passar em segurança entre elas; teve êxito em tocar o coração dos deuses atônicos. Pedras que foram “movidas” e colocadas em ordem geométrica são a substância tanto de Stonehenge quanto dos templos gregos, monumentos que mesmo em sua ruína exigem respeito e transmitem um sentimento de sublime harmonia. A música, também, embora possa consistir em nada mais do que ar vibrando segundo leis matemáticas, sempre teve um poder inexplicável de tocar o coração e exaltar o espírito. Numa civilização bem organizada, as duas artes, arquitetura e música, funcionam em harmonia: a primeira para proporcionar um ambiente harmonioso para o corpo e para deleitar os olhos; a segunda para deleitar os ouvidos e levar harmonia para a alma. Recentes pesquisas por Paul Devereux, Robert Jahn e outros, sugerem que essa ligação entre prédios de pedra e a música remonta à Idade da Pedra.16

O ideal órfico e apolônio manifesta em todas essas obras de arte aquilo que chamamos de “clássico”. Elas absolutamente não são exclusivas da Grécia. Na China Antiga, por exemplo, a música hierática, juntamente com cerimônias religiosas, era reconhecida como o melhor meio de conseguir paz no império e bom governo de seus cidadãos 17. O México também tem uma versão do classicismo apolônio na arquitetura dos Maias e seus predecessores, que, como os círculos de pedra europeus, era geometricamente planejada e cosmicamente orientada. 18 O Ocidente teve fases clássicas em todas as artes sempre que o pico de certo estilo foi alcançado e, com ele, uma imagem de diversidade harmoniosa tão confiável quanto a regular passagem do Sol pelas estações.

Na música ocidental, as sete cordas da lira de Apoio soam como a escala diatônica (as teclas brancas do piano). Sua mais “clássica” manifestação não está em Bach ou Mozart mas em música comum, que serviu à Igreja Cristã durante mil e quinhentos anos ou mais, antes que fosse posta de lado em troca de tipos mais fascinantes de música, então totalmente desprezados. O poder calmante, curativo e de soerguimento, de canto sem acompanhamento, é intuitivamente sentido pela alma, assim como era na época de Orfeu. O fato de que ele foi empregado por algum tempo na adoração cristã e posto em palavras latinas é uma questão secundária.

Será que a música e as artes afetam diretamente a qualidade de uma civilização? Ninguém pode dizer ao certo se a premissa órfica é correta, porque ela não foi posta em prática nos tempos modernos. Governos totalitários zombaram da ideia. Os nazistas proibiram a música atonal porque ela era incompreensível para suas autoridades culturais, e o jazz porque tinha origem afro-americana. Os comunistas russos proibiram a música atonal pela mesma razão, e o rock’n’roll, porque estava associado a protesto e influência ocidental. Estes dificilmente eram motivos apropriados para se controlar a música de um povo. Mas os governantes em questão não eram reis-filósofos 19, os únicos que se poderia esperar que tivessem os interesses espirituais dos seus assuntos no coração e que tivessem o conhecimento de como promovê-los.

Mesmo que a depravação nas artes não seja a causa de decadência moral, infelizmente ela reflete o estado espiritual de muitas pessoas. A crítica de arte Suzi Gablik, outrora uma eminente porta-voz do modernismo, escreveu sobre como ela emergiu para essa compreensão após uma “aguda crise de credibilidade quanto às verdades essenciais da modernidade – secularismo, individualismo, burocracia e pluralismo – pelas quais o numinoso, o mítico e o sacramental foram, na nossa sociedade, reduzidos a trapos”20. Quando as artes são profanas e sem sentido, e insistem em fealdade e imperfeição, podemos estar seguros de que a alma coletiva não está com boa saúde. Se os órficos estão certos, isto é uma questão tão séria quanto a má nutrição dos pobres da nossa nação. As perspectivas são desanimadoras para as almas que só são nutridas por maus alimentos e por aditivos venenosos da cultura popular. Como poderão elas entrar no campo da alma sem canções para cantar, nem poesia para encantar Pluto e Perséfone?

Quanto ao órfico e ao cristão, a solução não está em forçar as pessoas mas em gentilmente as persuadir de um modo melhor. Pode-se ver isto nas ações dos fundadores, quando eles tentaram reformar as tradições dionisíacas e mosaicas. Pode-se ver também nos fundadores da América, que absorveram princípios órficos através da maçonaria e deliberadamente escolheram a liberdade e não o rigor como a escola dos cidadãos 21. Com um otimismo que, em bons dias, ainda podemos compartilhar, eles permitiram a cada pessoa regular sua própria religião, sua estética e sua vida privada. No capítulo 5 [Ed: de The Golden Thread ], quando chegarmos às prescrições de Platão, vamos considerar a política oposta.

*Joscelyn Godwin é um dos principais estudiosos do esoterismo atual. No Capítulo 3 do seu recente exame do movimento esotérico ocidental, The Golden Thread, ele considera a principal figura de Orfeu e dos Mistérios ligada ao seu nome e à sua lenda.

*De The Golden Thread, por Joscelyn Godwin, O 2007, reproduzida por permissão de Quest Books, a marca da Theosophical Publishing House, http://www.questbooks.net

Notas: 1. Ver The New View Over Atlantis, de John F. Michell (Londres: Thames & Hudson, 1987); 2. Sacred Geometry of the Ancient Greeks: Astrological Symbolism in Art, Architecture, and Landscape, de Jean Richer, trad. de Christine Rhone (Albany, NY: State University of New York Press, 1994); 3. The Dance of the Dragon: An Odissey into Earth Energies and Ancient Religion, de Paul Broadhurst e Hamish Miller, (Launceston, UK: Pendragon Press, 2000); 4. Twelve-Tribe Nations and the Science of Enchanting the Landscape, de John Michell e Christine Rhone (Londres: Thames & Hudson, 1991); 5. Ver The Ancient Mysteries: A Sourcebook: Sacred Texts of the Mystery Religions of the Ancient Mediterranean World, ed. M. W. Meyer (San Francisco: Harper & Row, 1987); Ancient Mystery Cults, de Walter Burkert (Cambridge, MA: Harvard Univer-sity Press, 1987); 6. Especialmente em Ovídio, Metamorphoses, livro 11; 7. The Orphic Hymns: Text, Translation and Notes, Edição escolástica bilíngue por Apostolos N Athanassakis (Missoula, MT: Scholars Press, 1977). Para uma versão poética ver The Hymns of Orpheus: Mutations por R.C. Hogart (Grand Rapids, MI: Phanes Press, 1993) 8. Odisséia, de Homero, 11: 601-4; 9. Para os textos, ver Ancilla to the Pre-Socratic Philosophers de Kathleen Freeman (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1957), 5-7. Um estudo recente: “Der Erde Kind bin ich und des gestirnten Himmels’: Zur Lehre vom Menschen in den orphischen Goldplattchen”, de Hans Dieter Betz, em Ansichten griechischer Rituale für Walter Burkert (Stuttgart: B.G. Teubner, 1998), 399-419; 10. Metamorphoses, de Ovídio, 11: 1-85; 11. Para uma visão geral, ver Mystery Religions in the Ancient World, de J. Godwin (Londres: Thames & Hudson, 1981); 12. Friedrich Loofs, “Descent to Hades (Christ’s)”, em Encyclopaedia of Religion and Ethics, ed. J. Hastings, (Edinburgh: T. & T.Clark, 1911), 4:654-63; 13. Ver The Canon: An Exposition of the Pagan Mystery Perpetuated in the Cabala as the Rule of All the Arts, de William Stirling (prim, ed., 1897, reeditada em Londres: Garnstone Press, 1974); The Dimension of Paradise: The Proportions and Symbolic Numbers of Ancient Cosmology, de John Michell (Londres: Thames & Hudson, 1988); Jesus Christ, Sun of God, de David Fideler (Wheaton, II: Quest, 1993); 14. As nove Musas aparecem primeiro em Theogony, de Hesíodo, 77-79. Seus atributos e assuntos aparecem em fontes posteriores e variam, mas são usualmente: Calíope, canção épica; Clio, história; Euterpe, canção lírica; Thalia, comédia; Melpomene, tragédia; Terpsícore, dança; Erato, poesia erótica (ou geometria); Polythmnia, canção sacra; Utania, astronomia; 15. Ver Twelve-Tribe Nations, de Michell e Rhone; 16. Ver Stone Age Soundtracks: The Acoustic Archaeology of Ancient Sites, de P. Devereux (Londres: Vega, 2001); 17. Ver Yueh Chi ou Record of Music, parte do Li Chi: Book of Rites (New Hyde Park, NY: University Books, 1967), 2:92-131; 18. Ver "Astronomy in Ancient Mesoamerica", de Anthony Aveni, em In Search of Ancient Astronomies, ed. E.C. Krupp (Nova York: Doubleday, 1978), 165-202; 19. Em República, de Platão, 5, 473d; 20. "The Unmaking of a Modernist", de Suzi Gablik, Lapis 8 (1999), 25-27; aqui 26; 21. Ver Freedom: Alchemy for a Voluntary Society, de Stephan A. Hoeller (Wheaton, IL: Quest, 1992), 168-76.


FONTE: GODWIN, Joscelyn. Os mistérios órficos. In O Rosacruz. n. 281. Inverno 2012. Curitiba: AMORC, 2012. p. 9-15.

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