OS
MISTÉRIOS ÓRFICOS
Por
Joscelyn Godwin, PH.D.
A distante figura de Hermes
Trismegisto parece sobre-humana, sem defeitos e também em caráter, e o mesmo
vale para Zoroastro, pelo menos até fins do século dezenove, quando Nietzsche a
humanizou e a tratou com humor em Also
Sprach Zarathustra. Imaginar Orfeu é uma questão diferente. Muitas pessoas
podem lembrar duas coisas a respeito dele: que ele era um músico e que ele foi
para o submundo a fim de resgatar sua esposa Eurídice. Sua história é o mito
arquetípico do poder da música. Com a lira que fora um presente de Apolo, Orfeu
podia mover todas as coisas na criação, de pedras, árvores e feras, a seres
humanos, a seres demoníacos e até a seres divinos (que podemos chamar de anjos
e deuses). Armado somente com suas canções, ele encantou os habitantes do Hades
e persuadiu Pluto e Perséfone a deixarem ele levar Eurídice de volta.
Orfeu era um príncipe da
Trácia, a região norte da Grécia. Sua mãe era Calíope, a Musa da poesia épica.
Alguns dizem que seu pai era Apolo e, certamente, Orfeu fica sob o patrocínio
deste deus. Apolo tinha também ligações no norte, ou vindo de Hiperbórea (a
terra situada além do Vento do Norte), ou então visitando aquela terra do norte
após o seu nascimento na ilha de Delos. Onde ficava Hiperbórea? Como se dizia
que ela continha um templo circular ao Sol, alguns a identificaram com a
Grã-Bretanha e seu templo com Stonehenge, um monumento muito mais antigo do que
qualquer outro na Grécia. Stonehenge e o povo que o construiu eram apolonianos
no sentido de serem dedicados ao Sol, à astronomia, à matemática e à música.
Muitos pesquisadores modernos penetraram além das limitações da pré-história
acadêmica para revelarem, por intuição, as bases dessa antiga ciência. John
Michell, o pioneiro neste particular, remontou os diagramas e as dimensões que
parecem estar na base do esquema megalítico.1 Jean Richer mostrou
que há um zodíaco imaginário cujo simbolismo de doze partes liga a mitologia à
geografia da área egéia.2
Paul Broadhurst e Hamish Miller
seguiram uma exuberância de terrenos em alinhamento geométrico apoloniano,
desde a Irlanda até à Palestina 3. Michell, além disso, seguiu o mito
dos “coros perpétuos” mantidos em antigos santuários com o objetivo do que ele
chama de “encantar a paisagem”4. Se a pessoa está atenta para essas
descobertas, fica claro que havia uma alta e ordeira civilização bem estabelecida
no terceiro milênio a.C., da qual os arqueólogos conhecem quase nada.
Esse encantamento da
paisagem é exatamente o que se supõe que Orfeu fez com a sua música, lançando
um encantamento benigno sobre a natureza e trazendo paz entre os seres humanos.
Como parte da sua missão, ele reformou o culto a Dionísio (Baco) e tentou
persuadir seus seguidores a desistirem de seus sacrifícios de sangue. Em lugar
das orgias dionisíacas, Orfeu fundou os primeiros Mistérios da Grécia. O
propósito destes mistérios, ao que podemos dizer, era transmitir algum tipo de
conhecimento direto que era útil para enfrentar a perspectiva de morte. A
viagem de Orfeu para o Submundo a fim de resgatar Eurídice deve ser entendida
no contexto dos Mistérios 5. Nas mais antigas versões do mito, ele
de fato teve sucesso em trazê-la de volta à vida. Só mais tarde o episódio foi
enfeitado pelos poetas 6 de modo que ele terminou tragicamente,
quando Orfeu no último momento desobedeceu a proibição de olhar para sua mulher
antes que ele alcançasse a superfície da Terra, e nova-mente a perdeu para
sempre.
Orfeu foi originalmente um
líder de almas que tinha o poder de resgatar almas da condição como que
sonolenta que se acreditava em tempos arcaicos ser o inevitável destino dos
mortos. Os iniciados aos Mistérios eram assegurados de que este não seria o
destino deles e de que, como Eurídice, eles seriam salvos do reino sombrio de
Pluto. Foi a primeira vez que a imortalidade da alma foi ensinada no solo
grego, iniciando uma tradição que Pitágoras, Sócrates e Platão iriam acentuar,
cada qual à sua maneira. (Ver capítulos 4 e 5 [Ed: de The Golden Thread].)
Grande parte do que
conhecemos do orfismo data de muito mais tarde, mesmo do que esses filósofos.
Sob o Império Romano, por volta da época do cristianismo primevo, houve uma
grande ressurgência do orfismo como uma religião de mistério. Os Hinos Órficos,
um conjunto de encantamentos dirigidos aos vários deuses e daimons [demônios], datam dessa ressurgência7. Longe de
descartar a adoração de Dionísio, o orfismo o tornou então o próprio âmago da
sua doutrina. Um dos mitos de Dionísio afirma que, quando criança, ele foi
capturado pelos Titãs (os rivais dos deuses), que o desmembraram e o comeram.
Afortunadamente, Zeus conseguiu salvar o coração do seu filho. Ele próprio o
engoliu e no devido momento deu a Dionísio um segundo nascimento. Os Titãs
foram derrotados e dos seus restos vieram os seres humanos. Por conseguinte,
todo corpo humano contém um pequeno fragmento de Dionísio.
É fácil reconhecer neste
mito a doutrina, hoje conhecida mas então absolutamente desconhecida, de que
cada pessoa não é apenas um composto de corpo e alma, mas também possui uma
centelha da divindade absoluta. As religiões que mantêm esta doutrina se
destinam a recuperar, reviver e eventualmente realizar essa centelha, na vida ou
depois da morte. Realizá-la – “torná-la real” – é se tornar um deus e, daí em
diante, imortal. Esta era a promessa suprema dos Mistérios. Para os não-iniciados,
só existe a probabilidade do Hades, um lugar que não é de tormento exceto para
os muito débeis, mas tampouco de prazer, mesmo para os melhores homens.
Finalmente, a alma lá definha e morre, liberando a centelha divina para
reencarnar num outro composto de corpo e alma. Isto vem tocar novamente na
questão da imortalidade condicional (ver capítulo 2 [ Ed: de The Golden Thread]), que é uma constante
preocupação do ensinamento esotérico e de sua prática. A distinção está implícita
já na Odisséia de Homero, embora o
trecho relevante seja provavelmente uma interpolação da época clássica. Quando
Odisseu vê os heróis no Hades, mesmo o maior dentre eles está preso ali sem
esperança de ascensão, redenção ou renascimento. Uma única exceção é feita para
Hércules. Odisseu, segundo se diz, só viu sua imagem no Hades, ao passo que “o
próprio” Hércules está entre os deuses eternos 8.
Aqui, Hércules representa o
iniciado, que está supostamente livre dessa roda de nascimento e morte e é
capaz de seguir para um destino mais glorioso entre os deuses. Como um
lembrete, os iniciados órficos não eram enterrados com potes de alimentos e mobília,
mas cremados e enterrados com folhas de ouro inscritas em grego9.
Estas folhas contêm preces e instruções quanto ao que eles deveriam dizer e
fazer ao despertarem após a morte. Eles tinham de evitar a todo custo beber no
Lago de Letes (esquecimento) e, em lugar disto, virar para a direita, para o
Lago de Mnemosyne (memória) e se dirigir aos guardiães com estas belas
palavras: “Eu sou o filho da Terra e do Céu estrelado. Isto vós mesmos também
sabeis. Estou sedento e estou morrendo. Vinde, dai-me logo da água fresca que
flui do Lago da Memória”. Ou, ao encontrarem os governantes do Hades, eles
deveriam dizer: “Eu venho como o puro dos puros, Eucles, Eubouleus e todos os
outros deuses! Pois também eu afirmo que sou da vossa raça”.
No período romano, como
podemos ler na versão de Ovídio da sua história 10, a figura de
Orfeu havia se tornado trágica. Ele não só perdeu Eurídice pela segunda vez,
mas ele próprio sofreu uma morte cruel. Diz-se que ele voltou para a sua Trácia
natal a fim de reformar seus habitantes, mas caiu em conflito com as bacantes,
mulheres seguidoras dos incorrigíveis ritos de Dionísio. Gritando para calar
suas canções mágicas, elas arrancaram cada um dos seus membros. Mas sua cabeça
flutuou no mar e se alojou numa rocha da ilha de Lesbos, onde continuou a cantar.
Ele próprio foi retirado dali por seu pai Apolo, e sua lira foi elevada às
estrelas como a constelação de Lira.
Com esta versão do seu mito,
Orfeu assumiu seu lugar entre os outros salvadores sofredores cujos cultos eram
populares na Roma cosmopolita: Dionísio, Attis, Adonis, Hércules, Osíris e
Jesus de Nazaré 11. Estes seres divinos ofereciam uma relação
pessoal com seus adoradores, que muitas pessoas achavam mais satisfatória do
que a dos distantes deuses do Olimpo. A implicação era de que, assim como os
deuses haviam sofrido, falecido e retornado ao seu céu nativo, assim seria
também com os seus seguidores.
Alguns dos primeiros
cristãos encaravam Orfeu como uma espécie de santo pagão, confundindo mesmo sua
imagem com a de Jesus. Ambos estes salvadores eram semi-deuses de descendência
real que procuravam reformular uma religião existente em prol do humanitarismo.
Ambos desceram ao Hades para resgatar seres amados da morte eterna. (A descida
de Jesus ao Hades para libertar as almas dos pais do Velho Testamento não é
bíblica, mas foi uma doutrina padrão desde o século dois)12. Suas
religiões ensinavam a imortalidade potencial da alma, dependendo das ações da
pessoa na vida. Ambos sofreram morte trágica como sacrifício às religiões que
haviam tentado reformar: Orfeu, como vítima desmembrada da orgia dionisíaca; Jesus,
à imagem do cordeiro morto para a ceia da Páscoa. Suas relações com suas religiões
originais eram altamente ambíguas. Jesus, embora reconhecendo o deus judaico
Jeová como o seu pai celestial, tratava a lei mosaica com desprezo e,
supostamente, morreu na cruz para amainar a ira do seu Pai para com a
humanidade. Orfeu foi morto pelos sectários de Dionísio, imitando a morte deste
nas mãos dos Titãs.
A importância dada à próxima
vida incentivou tanto os órficos quanto os cristãos a protelarem seus prazeres
nesta vida. Os dois grupos procuravam levar uma vida de castidade e abstinência
(os órficos eram vegetarianos) que era incongruente com a sociedade que os cercava.
Foi também causa de surpresa o fato de que ambos praticavam amizade com estrangeiros
e não somente com pessoas de sua própria raça e seu próprio credo, como os
gregos e os judeus tendiam a fazer. Mas isto era uma conclusão natural do princípio
de que toda pessoa era em essência divina. Consequentemente, o orfismo foi a
primeira religião da Europa e talvez a primeira de qualquer lugar a pregar
aquilo que temos em mente como virtudes “cristãs”, a prometer uma vida póstuma
cuja qualidade dependia da sua prática e a instituir mistérios como um antegozo
do futuro destino da alma.
Os órficos haviam sido os
primeiros filósofos da Grécia e os ancestrais espirituais das escolas
pitagórica e platônica, renomadas pelo ascetismo e crença na imortalidade da
alma. Ora, no renascimento órfico eles gravaram seus princípios na nova
religião. Mediante codificação numérica de palavras-chave e frases-chave no
(Novo) Testamento Grego, o cristianismo estava ligado à tradição pitagórica, na
qual a música e o número eram os primeiros princípios do universo 13.
Mas esse conhecimento não
era para uso geral. Em dois aspectos o orfismo foi a primeira religião
esotérica conhecida. Primeiro, ele impunha o selo dos Mistérios, de modo que os
ensinamentos dados na iniciação não eram revelados a estranhos. Segundo, ele
dava uma interpretação mais profunda e simbólica a mitos existentes como a
Teogonia (a genealogia dos deuses greco-romanos). Mistérios e o conhecimento de
significados ocultos nas escrituras têm sido desde então duas das principais
marcas do esoterismo.
O ímpeto órfico sobrevive
até hoje, não em religião tanto quanto nas artes, das quais Apolo é o patrono
tradicional e as Musas são as inspiradoras. Essas “artes” eram originalmente
disciplinas que de alguns modos estavam mais próximas do que chamamos de
ciências: elas incluíam história e astronomia, juntamente com dança, música,
poesia e drama.14 Seus efeitos foram calculados, até mesmo no
sentido literal de serem regidos pela matemática. Isto é óbvio nos casos da
astronomia e da música. Mas a poesia, também, é discurso controlado por número
rítmico; a dança é movimento rítmico e geométrico; o drama e a história
controlam as memórias e os rumores desregrados de eventos terrenos e divinos e
os transformam em lições morais e filosóficas.
Qualquer que seja o estado
das artes hoje em dia, as Musas estavam originalmente, não no afã de divertir
as pessoas, mas de as civilizar, usando técnicas apropriadas e altamente
desenvolvidas, baseadas em geral no número. Isto nos leva de volta à elaborada
matemática de Stonehenge e outros monumentos pré-históricos e à visão de John
Michell da civilização mantida num estado de graça pelo incansável cantar da
canção mântica, de sua música regida pelo número e pela proporção. 15
Diz-se que Orfeu, cantando
para a Lira de Apoio, teve o poder de mover qualquer espécie de corpo e alma.
Ele pôde separar as rochas em colisão de modo que o navio dos argonautas
puderam passar em segurança entre elas; teve êxito em tocar o coração dos
deuses atônicos. Pedras que foram “movidas” e colocadas em ordem geométrica são
a substância tanto de Stonehenge quanto dos templos gregos, monumentos que
mesmo em sua ruína exigem respeito e transmitem um sentimento de sublime
harmonia. A música, também, embora possa consistir em nada mais do que ar
vibrando segundo leis matemáticas, sempre teve um poder inexplicável de tocar o
coração e exaltar o espírito. Numa civilização bem organizada, as duas artes,
arquitetura e música, funcionam em harmonia: a primeira para proporcionar um
ambiente harmonioso para o corpo e para deleitar os olhos; a segunda para
deleitar os ouvidos e levar harmonia para a alma. Recentes pesquisas por Paul
Devereux, Robert Jahn e outros, sugerem que essa ligação entre prédios de pedra
e a música remonta à Idade da Pedra.16
O ideal órfico e apolônio manifesta em todas
essas obras de arte aquilo que chamamos de “clássico”. Elas absolutamente não
são exclusivas da Grécia. Na China Antiga, por exemplo, a música hierática,
juntamente com cerimônias religiosas, era reconhecida como o melhor meio de
conseguir paz no império e bom governo de seus cidadãos 17. O México
também tem uma versão do classicismo apolônio na arquitetura dos Maias e seus
predecessores, que, como os círculos de pedra europeus, era geometricamente
planejada e cosmicamente orientada. 18 O Ocidente teve fases
clássicas em todas as artes sempre que o pico de certo estilo foi alcançado e,
com ele, uma imagem de diversidade harmoniosa tão confiável quanto a regular
passagem do Sol pelas estações.
Na música ocidental, as sete
cordas da lira de Apoio soam como a escala diatônica (as teclas brancas do
piano). Sua mais “clássica” manifestação não está em Bach ou Mozart mas em
música comum, que serviu à Igreja Cristã durante mil e quinhentos anos ou mais,
antes que fosse posta de lado em troca de tipos mais fascinantes de música,
então totalmente desprezados. O poder calmante, curativo e de soerguimento, de
canto sem acompanhamento, é intuitivamente sentido pela alma, assim como era na
época de Orfeu. O fato de que ele foi empregado por algum tempo na adoração
cristã e posto em palavras latinas é uma questão secundária.
Será que a música e as artes
afetam diretamente a qualidade de uma civilização? Ninguém pode dizer ao certo
se a premissa órfica é correta, porque ela não foi posta em prática nos tempos
modernos. Governos totalitários zombaram da ideia. Os nazistas proibiram a
música atonal porque ela era incompreensível para suas autoridades culturais, e
o jazz porque tinha origem afro-americana. Os comunistas russos proibiram a
música atonal pela mesma razão, e o rock’n’roll, porque estava associado a
protesto e influência ocidental. Estes dificilmente eram motivos apropriados
para se controlar a música de um povo. Mas os governantes em questão não eram
reis-filósofos 19, os únicos que se poderia esperar que tivessem os
interesses espirituais dos seus assuntos no coração e que tivessem o conhecimento
de como promovê-los.
Mesmo que a depravação nas
artes não seja a causa de decadência moral, infelizmente ela reflete o estado
espiritual de muitas pessoas. A crítica de arte Suzi Gablik, outrora uma
eminente porta-voz do modernismo, escreveu sobre como ela emergiu para essa
compreensão após uma “aguda crise de credibilidade quanto às verdades
essenciais da modernidade – secularismo, individualismo, burocracia e
pluralismo – pelas quais o numinoso, o mítico e o sacramental foram, na nossa
sociedade, reduzidos a trapos”20. Quando as artes são profanas e sem
sentido, e insistem em fealdade e imperfeição, podemos estar seguros de que a
alma coletiva não está com boa saúde. Se os órficos estão certos, isto é uma
questão tão séria quanto a má nutrição dos pobres da nossa nação. As perspectivas
são desanimadoras para as almas que só são nutridas por maus alimentos e por
aditivos venenosos da cultura popular. Como poderão elas entrar no campo da alma
sem canções para cantar, nem poesia para encantar Pluto e Perséfone?
Quanto ao órfico e ao
cristão, a solução não está em forçar as pessoas mas em gentilmente as
persuadir de um modo melhor. Pode-se ver isto nas ações dos fundadores, quando
eles tentaram reformar as tradições dionisíacas e mosaicas. Pode-se ver também
nos fundadores da América, que absorveram princípios órficos através da
maçonaria e deliberadamente escolheram a liberdade e não o rigor como a escola
dos cidadãos 21. Com um otimismo que, em bons dias, ainda podemos
compartilhar, eles permitiram a cada pessoa regular sua própria religião, sua
estética e sua vida privada. No capítulo 5 [Ed: de The Golden Thread ], quando chegarmos às prescrições de Platão,
vamos considerar a política oposta.
*Joscelyn Godwin é um dos principais
estudiosos do esoterismo atual. No Capítulo 3 do seu recente exame do movimento
esotérico ocidental, The Golden Thread, ele considera a principal figura de
Orfeu e dos Mistérios ligada ao seu nome e à sua lenda.
*De The
Golden Thread, por Joscelyn Godwin, O 2007, reproduzida por permissão de
Quest Books, a marca da Theosophical Publishing House,
http://www.questbooks.net
Notas: 1. Ver The New View Over Atlantis, de
John F. Michell (Londres: Thames & Hudson, 1987); 2. Sacred Geometry of the Ancient Greeks: Astrological Symbolism in
Art, Architecture, and Landscape, de Jean Richer, trad. de Christine Rhone
(Albany, NY: State University of New York Press, 1994); 3. The Dance of the Dragon: An Odissey into Earth Energies and
Ancient Religion, de Paul Broadhurst e Hamish Miller, (Launceston, UK:
Pendragon Press, 2000); 4.
Twelve-Tribe Nations and the Science of Enchanting the Landscape, de John
Michell e Christine Rhone (Londres: Thames & Hudson, 1991); 5. Ver The Ancient Mysteries: A
Sourcebook: Sacred Texts of the Mystery Religions of the Ancient Mediterranean
World, ed. M. W. Meyer (San Francisco: Harper & Row, 1987); Ancient Mystery
Cults, de Walter Burkert (Cambridge, MA: Harvard Univer-sity Press, 1987); 6. Especialmente em Ovídio,
Metamorphoses, livro 11; 7. The
Orphic Hymns: Text, Translation and Notes, Edição escolástica bilíngue por
Apostolos N Athanassakis (Missoula, MT: Scholars Press, 1977). Para uma versão
poética ver The Hymns of Orpheus: Mutations por R.C. Hogart (Grand Rapids, MI:
Phanes Press, 1993) 8. Odisséia, de
Homero, 11: 601-4; 9. Para os
textos, ver Ancilla to the Pre-Socratic Philosophers de Kathleen Freeman
(Cambridge, MA: Harvard University Press, 1957), 5-7. Um estudo recente: “Der
Erde Kind bin ich und des gestirnten Himmels’: Zur Lehre vom Menschen in den
orphischen Goldplattchen”, de Hans Dieter Betz, em Ansichten griechischer
Rituale für Walter Burkert (Stuttgart: B.G. Teubner, 1998), 399-419; 10. Metamorphoses, de Ovídio, 11: 1-85;
11. Para uma visão geral, ver
Mystery Religions in the Ancient World, de J. Godwin (Londres: Thames &
Hudson, 1981); 12. Friedrich Loofs, “Descent
to Hades (Christ’s)”, em Encyclopaedia of Religion and Ethics, ed. J. Hastings,
(Edinburgh: T. & T.Clark, 1911), 4:654-63; 13. Ver The Canon: An Exposition of the Pagan Mystery Perpetuated
in the Cabala as the Rule of All the Arts, de William Stirling (prim, ed.,
1897, reeditada em Londres: Garnstone Press, 1974); The Dimension of Paradise:
The Proportions and Symbolic Numbers of Ancient Cosmology, de John Michell
(Londres: Thames & Hudson, 1988); Jesus Christ, Sun of God, de David
Fideler (Wheaton, II: Quest, 1993); 14.
As nove Musas aparecem primeiro em Theogony, de Hesíodo, 77-79. Seus atributos
e assuntos aparecem em fontes posteriores e variam, mas são usualmente:
Calíope, canção épica; Clio, história; Euterpe, canção lírica; Thalia, comédia;
Melpomene, tragédia; Terpsícore, dança; Erato, poesia erótica (ou geometria);
Polythmnia, canção sacra; Utania, astronomia; 15. Ver Twelve-Tribe Nations, de Michell e Rhone; 16. Ver Stone Age Soundtracks: The
Acoustic Archaeology of Ancient Sites, de P. Devereux (Londres: Vega, 2001); 17. Ver Yueh Chi ou Record of Music,
parte do Li Chi: Book of Rites (New Hyde Park, NY: University Books, 1967),
2:92-131; 18. Ver "Astronomy in
Ancient Mesoamerica", de Anthony Aveni, em In Search of Ancient
Astronomies, ed. E.C. Krupp (Nova York: Doubleday, 1978), 165-202; 19. Em República, de Platão, 5, 473d; 20. "The Unmaking of a
Modernist", de Suzi Gablik, Lapis 8 (1999), 25-27; aqui 26; 21. Ver Freedom: Alchemy for a
Voluntary Society, de Stephan A. Hoeller (Wheaton, IL: Quest, 1992), 168-76.
FONTE:
GODWIN, Joscelyn. Os mistérios órficos.
In O Rosacruz. n. 281. Inverno 2012. Curitiba: AMORC, 2012. p. 9-15.
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