terça-feira, 5 de maio de 2020

A ORIGEM DO MOVIMENTO HARE KṚṢṆA





Por Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupāda


O Senhor Śrī Kṛṣṇa Caitanya Mahāprabhu, o grande apóstolo do amor a Deus e pai do movimento de saṅkīrtana, adveio na cidade de Navadvīpa, na Bengala, Índia. Isto ocorreu em fevereiro de 1486, pelos cálculos cristãos.
 Pela vontade do Senhor, ocorreu um eclipse lunar naquele noite. É costume do povo hindu se banhar no Ganges ou em qualquer outro rio sagrado durante as horas de eclipse e cantar mantras védicos para purificação. Quando o Senhor Caitanya nasceu durante o eclipse, toda a Índia ressoava com o som sagrado de Hare Kṛṣṇa, Hare Kṛṣṇa, Kṛṣṇa Kṛṣṇa, Hare Hare / Hare Rāma, Hare Rāma, Rāma Rāma, Hare Hare.
Esses dezesseis nomes do Senhor são mencionados em muitos Puraṇas e Upaniṣhads, e são descrito como “Tāraka-brahman”, os nomes para esta era. Está declarado nos śāstras, as escrituras autorizadas, que o cantar sem ofensas dos santos nomes do Senhor pode liberar uma alma caída do enredamento material. Há inumeráveis nomes para o Senhor, tanto na Índia como em outros lugares, e todos são igualmente bons porque todos indicam a Suprema Personalidade de Deus. Mas porque estes dezesseis nomes são especialmente recomendados para essa era, chamada Kali-yuga, é melhor para as pessoas seguir o caminho dos grandes ācāryas, os professores santos que alcançaram o sucesso pela prática deste sistema.
A coincidência do aparecimento do Senhor com o eclipse lunar deixa claro qual seria a missão do Senhor. Essa missão era pregar a importância de cantar os santos nomes de Deus nesta era de Kali, ou era de desavenças. A era atual testemunha desavenças mesmo por coisas insignificantes. E, se tais práticas forem executadas sem ofensas, é certo e seguro que tais pessoas gradualmente irão alcançar a perfeição espiritual sem o esforço de terem de passar por métodos rígidos de yoga ou ascetismo.
Durante o saṅkīrtana, os eruditos e os tolos, os ricos e os pobres, os hindus e os mulçumanos, os ingleses e os indianos, a pessoa comum e o sacerdote, todos podem receber a vibração transcendental de Hare Kṛṣṇa através da audição, e a partir daí limpar a poeira do espelho da mente.
No Śrīmad-Bhāgavatam, está declarado: “Nesta era de Kali, as pessoas que forem suficientemente inteligentes irão adorar o Senhor e Seus associados através da execução de saṅkīrtana-yajña (sacrifício).” Desta forma, o Senhor Caitanya e Sua inauguração do movimento de saṅkīrtana não foram invenções, senão que apresentam a concretização do que é declarado nas escrituras reveladas, assim como o aparecimento do Senhor Buda, de Śaṅkara Ācārya, e todos os avatāras é predito na literatura Védica. E, para confirmar a missão do Senhor, todas as pessoas do mundo irão aceitar o santo nome de Deus como a plataforma comum para a religião universal da humanidade.
Assim, o advento do santo nome ocorreu juntamente com o advento do Senhor Śrī Caitanya Mahāprabhu. Quando o Senhor estava no colo de Sua mãe, a criança imediatamente parava de chorar assim que as senhoras ao redor começavam a cantar o santo nome enquanto batiam palmas. Esta peculiaridade foi observada pelos vizinhos do Senhor com respeito e veneração. Às vezes, as jovens damas se divertiam fazendo-O parar cantando Hare Kṛṣṇa, Hare Rāma. Desde a infância, o Senhor começou a pregar a importância do santo nome.
Com dezesseis anos, Ele Se tornou o maior erudito de toda a Índia, conhecido como Nimai Pandita. Ele então casou-se com grande pompa e começou a pregar o movimento Hare Kṛṣṇa em Navadvīpa. Alguns dos brāhmaṇas ali logo ficaram invejosos e puseram muitos obstáculos em Seu caminho chegando a se queixarem d’Ele com o magistrado mulçumano [a Índia era dominada por um governo mulçumano na época]. O Kazi, como era chamado este governante, levou essas queixas a sério, e a princípio, alertou os seguidores do Senhor Caitanya a não cantarem o nome de Kṛṣṇa em voz alta. Mas o Senhor Caitanya pediu a seus seguidores que desobedecessem às ordens do Kazi, e eles continuaram com suas celebrações de saṅkīrtana como de costume.
O Kazi então enviou policiais que quebraram algumas mṛdaṅgas (tambores) durante o saṅkīrtana. Quando o Senhor Caitanya ouviu sobre isso, Ele organizou um movimento de desobediência civil na Índia – e pela causa certa. Ele organizou uma procissão de cem mil homens, com milhares de mṛdaṅgas e karatālas (címbalos de mão), e a procissão passou pelas estradas de Navadvīpa sem nenhum medo do Kazi.
Após um tempo, a procissão chegou à casa do Kazi, que fugiu para o andar de cima com medo da turba. Os homens ali reunidos exibam um temperamento esquentado, mas o Senhor pediu a eles que fossem pacíficos. Neste momento, o Kazi desceu, e ocorreu um belo diálogo sobre o Alcorão e os Śāstras Hindus.
O Kazi perguntou ao Senhor sobre o sacrifício de vacas, o qual é prescrito nos Vedas, e o Senhor respondeu que o sacrifício mencionado nos Vedas não é matança de vacas. Em tal sacrifício, um touro ou vaca velhos é morto para dar a ele ou ela uma nova vida pelo poder dos mantras védicos. Na Kali-yuga, entretanto, tal sacrifício de vacas é proibido devido à ausência de brāhmaṇas eruditos que possam conduzir a cerimônia. Na Kali-yuga, apenas a forma saṅkīrtana de sacrifício é recomendada para todos os propósitos práticos.
O Kazi foi convencido pela autoridade do Senhor Caitanya e tornou-se imediatamente um seguidor do Senhor. Ele declarou que, dali em diante, ninguém poderia colocar obstáculos no caminho do movimento Hare Kṛṣṇa.
Após este incidente, o Senhor começou a pregar e propagar o saṅkīrtana mais vigorosamente do que nunca. No decorrer do Seu trabalho de pregação, Ele costumava enviar diariamente todos os Seus seguidores, incluindo Śrīla Nityānanda Prabhu e Ṭhākur Haridāsa, duas figuras proeminentes do Seu grupo, para pregarem em diferentes partes. Eles iam de porta em porta e pregavam o culto do Śrīmad-Bhāgavatam, a ciência do amor a Kṛṣṇa. Um dia, quando estavam nas ruas, os dois se depararam com dois irmãos chamados Jagāi e Mādhāi. Nascidos como filhos de um respeitável brāhmaṇa, os irmãos haviam caído à mais desprezível posição devido à má associação. Eles eram pervertidos de marca maior, comedores de carne, caçadores de mulheres e criminosos.
Imediatamente, ao ficarem sabendo desses dois, Ṭhākur Haridāsa e Nityānanda Prabhu decidiram que, se eles pudessem ser libertados pelo santo nome, o Senhor Caitanya seria ainda mais glorificado. Com isso em mente, eles imediatamente se aproximaram dos dois irmãos, pedindo a eles que cantassem o santo nome de Kṛṣṇa. Mas os irmãos bêbados ficaram irados com isso, e atacaram Nityānanda Prabhu. Nityānanda Prabhu e Haridāsa Ṭhākur partiram rapidamente do local, e os bêbados os perseguiram por uma distância considerável.
No dia seguinte, Nityānanda Prabhu foi ver novamente os irmãos, mas, assim que se aproximou deles, foi atingido na cabeça com um pedaço de pote de barro, e o ferimento sangrou. Śrīla Nityānanda foi tão bondoso com eles que, ao invés de protestar contra seu ato hediondo, ele disse: “não importa que vocês tenham atirado essas coisas em mim. Ainda assim, eu peço a vocês que cantem o santo nome do Senhor”.
Um dos irmãos ficou estarrecido com este comportamento de Nityānanda Prabhu, e no mesmo instante, caiu a seus pés pedindo perdão por seu irmão pecaminoso. O outro estava tentando novamente feri-lo, mas Jagāi o impediu e implorou a ele que também caísse aos pés de Nityānanda Prabhu.
Enquanto isso, o Senhor, tendo ouvido sobre o ferimento de Seu devoto, correu imediatamente para o local determinado a matar a dupla, mas Nityānanda Prabhu O lembrou de Sua missão  a saber, libertar as almas mais caídas de Kali-yuga. Os irmãos Jagāi e Mādhāi foram, afinal de contas, exemplos típicos da população dos dias atuais. Por causa da intervenção de Nityānanda, e devido à sua própria rendição sincera aos pés de lótus daquele devoto puro, o Senhor Caitanya foi aclamado, e os irmãos foram aceitos como devotos de Deus.
Para este propósito de liberar a população caída de Kali-yuga, o Senhor Caitanya apareceu, e por Sua misericórdia sem causa, Ele nos deu o método simples de auto-realização  cantar o santo nome de Deus: Hare Kṛṣṇa, Hare Kṛṣṇa, Kṛṣṇa Kṛṣṇa, Hare Hare / Hare Rāma, Hare Rāma, Rāma Rāma, Hare Hare. E Ele disse que não há outra maneira nesta era.
Quando o Senhor foi uma vez indagado pelo grande sannyāsī Māyāvādī, Prakāsānanda Sarasvatī, quanto a qual era a razão para o Seu desvio para o movimento de saṅkīrtana, ao invés de ocupar-Se no estudo dos Vedāntas-sūtras, como é o dever de um sannyāsī, o Senhor respondeu muito humildemente como segue:

A razão de Meu desvio do estudo do Vedānta para o movimento de saṅkīrtana é que Eu sou um grande tolo. E, porque sou um grande tolo, Meu mestre espiritual Me proibiu de brincar com a filosofia Vedānta. Ele disse que seria melhor para Mim cantar o santo nome do Senhor, e que isto me libertaria do enredamento material.
Nesta era, não existe religião além de glorificar o Senhor proferindo Seu santo nome, e esta é a injunção de todas as escrituras reveladas. Portanto, sob a ordem de Meu mestre espiritual, Eu canto o santo nome de Kṛṣṇa, e agora estou louco atrás de Seu santo nome. Sempre que Eu o recito, esqueço completamente de Mim; às vezes rio, às vezes choro, e às vezes danço como um louco. Eu pensei coMigo mesmo que Eu poderia ter enlouquecido com este processo de cantar o santo nome, e portanto, perguntei sobre isso ao Meu mestre espiritual. Eu disse a ele: 'Eu fiquei louco cantando o santo nome. O que isto quer dizer? Por favor Me informe'.
Meu mestre espiritual então Me informou que este é o verdadeiro efeito de cantar o santo nome, que ele produz emoções transcendentais, o que é uma manifestação rara. Esta emoção transcendental é o sinal do amor a Deus, a meta última da vida. O amor a Deus é transcendental até mesmo à liberação (mukti), e sendo assim, é chamado de o quinto estágio da realização espiritual  estando acima do estágio da liberação. O resultado real de cantar o santo nome de Kṛṣṇa é alcançar e estágio do amor a Deus, e foi bom que Eu tenha sido favorecido com tal benção.

Apesar de o Senhor Caitanya ser o próprio Kṛṣṇa, para nos dar exemplo, Ele Se apresentou como um grande tolo. Deus é pleno em seis opulências, incluindo todo o conhecimento, e portanto Ele nunca é tolo. Podemos, contudo, seguir o misericordioso exemplo do Senhor Caitanya e aceitar este canto com toda a determinação, e iremos dessa forma, alcançar a perfeição da vida, o amor a Deus. Está tudo ali. Nós só precisamos aceitar o que está descendo até nós na linha de sucessão discipular de Kṛṣṇa e do Senhor Caitanya.

REFERÊNCIA:
PRABHUPĀDA, A. C. Bhaktivedanta Swami. A origem do Movimento Hare Kṛṣṇa. In: O CANTAR DE HARE KṚṢṆA. Brasília: The Bhaktivedanta Book Trust, 2009. p. 12-15.

PINTURAS ESOTÉRICAS DE NICOMEDES GÓMEZ




En su condición  Martinista, Masón y Rosacruz, Nicomedes Gómez Sánchez plasmo sus inquietudes y conocimientos sobre la esencia misma del Ser atraves de  su obra más esoterica.
Cartagenero de nacimiento,  donde recibió clases de pintura del pintor Andrés Barceló, en la Real Sociedad Económica de Amigos del País en la popular calle del Aire.
Nació el 16 de noviembre de 1903, al estallar la Guerra Civil combate como oficial del Ejército del Aire del Gobierno de la República hasta el final de la contienda, pasando a Francia en 1939, donde establecería su residencia tras los terribles campos de concentración de refugiados.
El reconocimiento de su obra recibió numerosos premios y condecoraciones. En 1978 se le nombra Cartagenero del Año, y en 1979 el ayuntamiento lo nombró Hijo Predilecto de la ciudad.
El autor fallecería el 3 de agosto de 1983 recibiendo sepultura en el cementerio francés de Cambestany.

  

“EL ARCA DIVINA” (1959)


“LOS CUATRO JINETES DEL APOCALIPSIS” (1960)


“EL TRIUNFO DEL CORDERO”  (1960)


 “EL TECLADO CÓSMICO”  (1961)


 “LA ERA DE PISCIS (EL MESÍAS)” (1965)


 “LA GESTACIÓN DE ACUARIO” (1965)


“EL TEMPLO DEL HOMBRE O CONÓCETE A TÍ MISMO” (1965)


“PAZ EN LA TIERRA A LOS HOMBRES OE BUENA VOLUNTAD” (1967)


“GESTACIÓN DEL HOMBRE DE ACUARIO” (1965)


 “VIDA-LUZ-AMOR (I)” (1971)


 
“VIDA-LUZ-AMOR (II)” (1973)
  


“VIDA-LUZ-AMOR (III)” (1970)


“¿DIVINIDAD?” (1975)


“LA ESCALERA DEL CIELO” (1976)


“LA UNIDAD”


“CATEDRAL DEL ALMA”