domingo, 31 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA!



Para leitura e reflexão, pequeno trecho da obra mais recente de Bento XVI:

“(...) na história de Jesus, há dois pontos nos quais o agir de Deus intervém diretamente no mundo material: o seu nascimento da Virgem e a ressurreição do sepulcro, donde Jesus saiu e não sofreu corrupção. Esses dois pontos são um escândalo para o espírito moderno. A Deus é concedido agir sobre as ideias e os pensamentos, na esfera espiritual, mas não sobre a matéria. Isso incomoda; ali não é o seu lugar. Mas é precisamente disto que se trata: que Deus é Deus, e não se move apenas no mundo das ideias. Nesse sentido, em ambos os pontos, trata-se precisamente de Deus ser Deus. Está em jogo a questão: também Lhe pertence a matéria?

“Naturalmente não se podem atribuir a Deus coisas insensatas ou não razoáveis ou que estejam em contraste com a sua criação. Ora, aqui não se trata de algo não razoável ou de contraditório, mas precisamente de algo de positivo: do poder criador de Deus, que abraça todo o ser. Por isso, estes dois pontos – o parto virginal e a ressurreição real do túmulo – são pedras de toque para a fé. Se Deus não tem poder também sobre a matéria, então Ele não é Deus. Mas Ele possui esse poder e, com a concepção e a ressurreição de Jesus Cristo, inaugurou uma nova criação; assim, enquanto Criador, Ele é também o nosso Redentor.”


Ratzinger, Joseph. A infância de Jesus. São Paulo: Planeta, 2012, p. 52.

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