quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

SRI NITYANANDA TRAYODASHI 2021

 






 Sri Nityananda Trayodashi is the auspicious appearance day of Sri Nityananda Prabhu. The Supreme Lord Sri Krishna appeared in Navadvipa, West Bengal as Sri Chaitanya Mahaprabhu to establish Sankirtana Movement (Congregational chanting of the holy name of the Lord, the Yuga-dharma for this age). To help the Supreme Lord in His mission, Lord Balarama appeared as Nityananda Prabhu. He assisted Sri Chaitanya Mahaprabhu by spreading the holy name of the Lord throughout Bengal.

Nityananda Prabhu appeared in the village of Ekachakra, in the district of Birbhum (West Bengal) as the son of Padmavati and Hadai Pandita in the year 1474 AD. He was born on the thirteenth day of the bright fortnight in the month of Magha (Magha Shukla Trayodashi). Even today pilgrims visit the place of birth of Lord Nityananda in Ekachakra. This temple is called Garbhavasa. The parents of Lord Nityananda hailed from a family of pious Brahmins, originally from Mithila.

This year we are celebrating Sri Nityananda Trayodashi on Thursday, February 25, 2021.

 

REFERÊNCIA: 
ISKCON BANGALORE. Sri Nityananda Trayodashi – Feb 25, 2021. Disponível em: https://www.iskconbangalore.org/sri-nityananda-trayodashi/. Acesso em: 25 fev. 2021.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

SOMOS TODOS ROMI!

 


Por Carlos André Cavalcanti

 

TEMPO DE REFLETIR

 Nas sociedades cristãs, a Quaresma é um tempo sagrado anual que clama pela reflexão. Tanto à reflexão divina quanto à reflexão humana. É o tempo certo que os bispos católicos, via CNBB, escolheram para a Campanha (anual) da Fraternidade (CF). Este ano, a CF se volta para o diálogo entre igrejas e religiões. Este chamado incomodou fundamentalistas... Em defesa da pastora que coordena a campanha, faço minhas as palavras (aspeadas abaixo) do teólogo Roberto E. Zwetsch (www.brasildefators.com.br).

 

QUEM É ROMI?

“Romi M. Bencke é teóloga luterana, estudou nas Faculdades EST, de São Leopoldo (RS), formando-se nos anos de 1990, depois de um longo período de estudos. Foi pastora de comunidade na IECLB, mais tarde realizou estudos de mestrado na Universidade Federal de Juiz de Fora, tornando-se mestre em Ciências da Religião.”

 

COMO SE PAUTA?

“(Romi) sempre pautou sua vida e ministério pela ética do evangelho do amor e da justiça que aprendemos de Jesus de Nazaré. Sabe bem o que isto significa numa sociedade machista, racista e homofóbica. Nunca – que eu saiba – desistiu dessa luta que não tem fim.”

 

O QUE FAZ?

“Mais recentemente foi escolhida e chamada para assumir a Secretaria Executiva do CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, com sede em Brasília, onde vem desenvolvendo um trabalho ecumênico da maior envergadura, sendo reconhecida no Brasil e no exterior como uma pessoa que contribui de forma excepcional à causa ecumênica. Esta trajetória vivencial neste momento vem sendo atacada de forma vil e injuriosa por quem não compreende a relevância transcendental da causa ecumênica que nasce da oração de Jesus (João 17).”

 

PROTAGONISMO

“Seu protagonismo e a oportuna decisão do CONIC de lançar em 2021 uma nova edição da Campanha da Fraternidade Ecumênica sob o tema “Fraternidade e Diálogo”, lamentavelmente, feriu dogmatismos e concepções equivocadas da fé cristã. Isto lhe valeu e ao CONIC uma campanha vergonhosa que vem atacando a ela e ao Conselho das formas mais vis e reprováveis.”

 

CAMPANHA FRATERNA

É dentro do espírito da próprio Campanha deste ano, que enfatizo a nossa solidariedade e a nossa firmeza na defesa da dignidade e das ações fraternas da pastora Romi. Se você concorda com o ecumenismo, solidarize-se com Romi em suas redes sociais, em sua família e junto aos seus amigos. É preciso, pois a maioria silenciosa pode acabar refém de uma minoria barulhenta.


138 ANOS DA PASSAGEM DO PADRE IBIAPINA

 


Por Diógenes Faustino do Nascimento

 

Padre Ibiapina suscitou uma nova prática religiosa de resgate e promoção da dignidade e da valorização das experiências humanas, por intermédio das Casas de Caridade e das demais obras missionárias desenvolvidas nas províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Alagoas, entre os anos de 1856 e 1883. Suscitando assim uma nova cultura religiosa que influenciou um novo cristianismo na América Latina, especificamente no Brasil, por meio das obras e missões que realizou.

Seus princípios permanecem e são atualizados constantemente, gerando seguidores que fomentam novas práticas cristianizantes para a contemporaneidade por meio da promoção da caridade. Por meio das obras de caridade, promoveu a libertação dos mais pobres e marginalizados do seu tempo, a ponto de considerarmos que o padre José Antônio de Maria Ibiapina foi o indutor de um novo cristianismo católico no Nordeste brasileiro, fomentado por meio dos seus sermões, máximas espirituais, obras missionárias e por uma prática catequética renovada.

A religiosidade popular permanece viva nos devotos de Ibiapina, tornando-se condição essencial resultante da universalização dos interesses dos indivíduos ao consentir livremente em participar de uma nova práxis cristã pertinente aos anseios do povo de cada tempo em seus espaços e territorialidades. A religiosidade popular assume aqui mais uma vez a função de consolo e de justificativa, significando uma união identitária entre seus membros e seguidores, assumindo para si os mesmos ideais e partilhando das mesmas circunstancias sociais. Os devotos, as beatas, beatos e os agentes de religiosidade popular acreditam que por meio das devoções aos “santos” e ao participarem das festas religiosas realizam seus desejos de viver em um tempo sagrado, viver num mundo real, sacralizado e santificado. Buscando técnicas de orientações e de construções do espaço sagrado, mesmo que essas não dependam apenas de seus esforços físicos. É nesse ambiente de religiosidade onde se restabelecem as amizades, se formam mutirões para construir açudes, casas, cemitérios e que também nos apresenta uma mudança prática de hábitos e costumes elementares da vida cotidiana como comer, vestir, andar, namorar, casar e rezar.

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

RENOVATIO

 











Por Jacob Boehme


Presta atenção: quando Deus perdoa teus pecados, quando O chamas, Ele não tira nada de ti. Nem desce do Céu até chegar a ti. Explica-se: Ele sempre esteve dentro de tua alma, desde toda a eternidade, mas no princípio Dele. Tua alma nada mais fez que passar Dele – de seu princípio (entenda: da Santa Vontade da Majestade) – para a cólera. Então estavas na cólera, na morte eterna, e o homem-Cristo, que é Deus e homem, abriu um caminho para a Majestade de Deus através da morte e da cólera. É preciso apenas que te voltes [na direção certa] e que sigas por esse caminho rumo à Majestade, através da morte de Cristo – ou seja, através da cólera. Então serás recebido como um anjo querido que nunca teve pecado algum – e, com efeito, mais nenhum pecado é percebido em ti, mas apenas a maravilhosa obra de Deus, que deve ser manifestada na cólera, pois o amor nada poderia [abrir ou manifestar] nesse fogo da cólera. Explica-se: ele também não se mistura com esse fogo, mas se afasta dele.

Portanto, apesar de orares dizendo: “Deus, perdoa-me”, no que diz respeito a teus pecados sempre estarás duvidando se Deus quer perdoá-los e vir a teu coração. Presta atenção: não faças assim, pois, com tua dúvida, estás desprezando a Majestade – e isso também é um pecado. Junta todos os teus pecados num monte, sem os contar. Então, vem até Deus com tua alma desejosa, com confiança, em humildade – e entra em Deus. Basta apenas desviar tua alma da vontade deste mundo para a Vontade de Deus! E, se teu coração e teu demônio disserem alto: “Não!”, abafa tua razão exterior, entra com força e permanece em Deus. Não olhes para trás, como a mulher de Ló, que foi transformada numa coluna de enxofre e sal: permanece firme. Deixa que o demônio, o espírito deste mundo e também teu coração de carne e sangue se debatam. Não apoies tua razão. Se ela te diz: “Estás fora de Deus”, então dize: “Não. Estou em Deus. Estou no céu. Estuo Nele e não quero mais me afastar Dele! O demônio pode ficar com meus pecados e o mundo pode tomar meu corpo. Vivo na Vontade de Deus: sua Vida deve ser minha vida, sua Vontade deve ser minha vontade. Quero estar morto em minha mente, a fim de que Ele viva em mim. Todo os meus atos devem ser Seu ato”. Abandona-te a Ele em todos os teus projetos: aquilo que empreendes, recomenda-o a Seu regime, a fim que tudo ocorra dentro de Sua Vontade.

Presta atenção: quando ages assim, todas as atrações más se afastam de ti, pois ficas firme na presença de Deus, e a Virgem da Sabedoria te conduz e te abre a Via para a Vida eterna. Ela te desvia dos maus caminhos e sempre te impulsiona para a frente, para que te emendes e te resignes.

 

REFERÊNCIA:
BOEHME, Jacob. A vida tripla do ser humano. São Paulo: Polar, 2016. p. 242-243; 11:62-64.

O BUDISMO EM SIDDHARTHA, DE HERMANN HESSE


Por Carlos André Macêdo Cavalcanti e João Florindo Batista Segundo

 

RESUMO

 

O presente trabalho visa analisar a filosofia budista sob a ótica do livro Siddhartha, publicado em 1922 pelo aclamado escritor alemão e Nobel em Literatura Hermann Hesse, que é a estória de um personagem fictício que se alterna entre a vida material e a vida religiosa dos tipos brâmane, asceta, budista e mística, na busca pela Iluminação. Inspirado em uma viagem pessoal à Índia, o livro é fruto também dos estudos do autor sobre o Oriente e de suas leituras de filósofos como Nietzsche e Schopenhauer, também fascinados pelo budismo. Em síntese, a obra prega o ceticismo em relação a qualquer conjunto de doutrinas religiosas, a importância da jornada íntima e pessoal pela verdade (que é incomunicável e intransmissível) e afirma a possibilidade do aprendizado a partir dos erros, temas já decantados pelo budismo, porém relidos para um público outrora ainda desconhecedor do distante Oriente e apresentados com a beleza e a potência singulares que somente a palavra escrita em prosa e verso detém.

 

Palavras-chaves: Siddhartha; Hermann Hesse; budismo

 

ABSTRACT

 

This paper analyzes the Buddhist philosophy from the perspective of the book Siddhartha, published in 1922 by Hermann Hesse, an acclaimed German writer and Nobel Literature. The book tells the story of a fictional character who alternates between material life and religious life of the types Brahmin, ascetic, Buddhist and mystic, in the quest for Enlightenment. Inspired by a personal trip to India, the book is also the result of the author’s studies on the East and his readings of philosophers such as Nietzsche and Schopenhauer, also fascinated by Buddhism. In short, the book preaches the skepticism about any set of religious doctrines, the importance of intimate and personal journey for the truth (which is incommunicable, non-transferable) and affirms the possibility of learning from mistakes, issues already decanted by Buddhism, But re-read to an audience once still unaware of the Far East and presented with the beauty and singular power that only the word written in prose and verse holds.

 

Keywords: Siddhartha; Hermann Hesse; Buddhism

 

CAVALCANTI, Carlos André Macêdo; SEGUNDO, João Florindo Batista. O budismo em Siddhartha, de Hermann Hesse. In: MARANHÃO, Eduardo Meinberg de Albuquerque (org.). 3º Simpósio Nordeste da ABHR, 2019, João Pessoa.  Anais do 3º Simpósio Nordeste da ABHR. João Pessoa: Fogo Editorial, 2020. v.1. p. 473-502.

 

Texto completo no link abaixo:

 https://amarfogo.com/wp-content/uploads/2020/03/ABHRAnaisNordeste19.pdf


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

O VIOLADOR, A FÚRIA E O GOLPE EMASCULADOR SOB UM OLHAR DURANDIANO

 














Por João Florindo Batista Segundo e Carlos André Macêdo Cavalcanti

 

RESUMO

 

Dentre os mitemas que compõem os mitos presentes em diversas civilizações, encontra-se o da personagem masculina – mortal ou imortal – que tem sua coxa ou sua região genital golpeada por uma espada, lança ou raio no momento em que é dominado por uma violenta emoção (em geral, um desejo luxurioso). Tal ferimento não chega a ser fatal, mas o emascula e, em certos casos, até o impede de concretizar atos impensados que ousava praticar. Seja na tradição judaica, nas mitologias grega e irlandesa, na demanda do Santo Graal ou nas religiões de matriz africana, há o registro dessa ferida na virilidade, que degrada e paralisa. Pela mitanálise e com base nas Estruturas Antropológicas do Imaginário, de Gilbert Durand, procuraremos a origem comum deste mitema e seu impacto em culturas tão dessemelhantes.

 

BATISTA SEGUNDO, J. F.; CARLOS ANDRÉ MACÊDO CAVALCANTI. O violador, a fúria e o golpe emasculador sob um olhar durandiano. InReligare: Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da UFPB, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 673–693, 2021. DOI: 10.22478/ufpb.1982-6605.2020v17n2.50495. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/religare/article/view/50495.


Texto completo no link abaixo:

https://periodicos.ufpb.br/index.php/religare/article/view/50495