Por Fernando Pessoa
Se
quiser dar um nome de origem à Maçonaria, mais que poderá dizer-se é que ela é,
quanto à composição dos graus simbólicos, plausivelmente um produto do
protestantismo liberal, e, quanto à redação deles, certamente um produto do
século XVIII inglês, em toda sua chateza e banalidade.
Os
dois primeiros graus maçônicos, menos simbólicos que emblemáticos, não conduzem
definitivamente a coisa nenhuma; e o grande mistério do Grau de Mestre – que é,
por assim dizer, a Rosa de toda a cruz maçônica – é um símbolo vital, mas
abstrato, que cada qual pode interpretar no sentido que entender.
REFERÊNCIA:
PESSOA,
Fernando apud QUADROS, António. A procura da verdade oculta: textos
filosóficos e esotéricos de Fernando Pessoa. Cascais: Publicações
Europa-América, 1986. p. 192.
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