sábado, 13 de agosto de 2016

UMA INTERPRETAÇÃO ROSACRUZ DO PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO DO GENESIS(*)






UMA INTERPRETAÇÃO ROSACRUZ DO PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO DO  
GENESIS(*)


Por H. Spencer Lewis, F.R.C.
(*) Artigo publicado no “The Arnerican Rosae Crucis”, feve­reiro de 1916.

1. No começo Deus CONCEBEU a criação do universo e o PEN­SAMENTO dirigiu as VIBRAÇÕES do ESPÍRITO por to­do o espaço, que estava vazio.
2. E o Espírito penetrou naquilo que era sem Espírito e deu­-lhe VIDA E aquilo que foi vi­vificado não tinha forma, não tinha definição, e estava em TREVAS absolutas, e a umida­de surgiu em todo o espaço, que também foi vivificado pe­lo Espírito.
3. E Deus ordenou que toda a matéria fosse consciente de sua existência e conhecesse o Espírito pelo qual se tornou manifesta. E foi criada a Cons­ciência Cósmica, que era a GRANDE LUZ do mundo.
4. E a LUZ era o BEM; pois dis­persou as TREVAS e revelou as manifestações de Deus. E o que não foi iluminado pela GRANDE LUZ estava em tre­vas e era o mal; e o Bem e o mal foram separados.
5. E Deus chamou DIA à Cons­ciência Cósmica, e as trevas foram chamadas de NOITE, pois eram ignorantes e não tinham consciência. E assim se completou o Primeiro Ciclo de Evolução,
6. E Deus decretou que o Espíri­to efetuasse a divisão dos QUATRO ELEMENTOS.
7. E o espírito dividiu todas as coisas em seus elementos apro­priados e as colocou nos REI­NOS MATERIAL E ESPIRI­TUAL. O Espírito uniu-se às CÉLULAS que as vibrações fizeram surgir, e os quatro ele­mentos, FOGO, AR, TERRA E ÁGUA, tornaram-se mani­festos.
8. A Consciência Cósmica deu ao ar o nome de “Naus” e ele se tomou o Elemento Es­piritual que constitui o Reino Espiritual. E assim se comple­tou o Segundo Ciclo de Evolu­ção.
9. E o Espírito uniu-se aos ele­mentos FOGO e ÁGUA, e do vapor que daí se formou surgiram os minerais.
10. E a Consciência Cósmica deu o nome de TERRA aos minerais e a umidade foi chamada de ÁGUA; e foram separados um do outro.
11. E Deus vivificou a TERRA com Espírito para que ela pudesse fazer surgir o que lhe correspondesse, confor­me suas CÉLULAS.
12. Então a TERRA fez surgir a grama, as ervas e as árvo­res, produzindo segundo sua própria espécie, porque as CELULAS nelas estavam e foram tocadas pelo Espíri­to.
13. E assim se completou o Ter­ceiro Ciclo de Evolução. ·
14. Em seguida, Deus ordenou que o Espírito tivesse SÍMBO­LOS através dos quais pu­desse se manifestar a todas as coisas criadas, e enviar suas vibrações; e aqueles se­riam por SIGNOS e ESTA­ÇÕES, através dos quais o tempo e a vida poderiam ser medidos.
15. E eles deveriam emitir LUZ e VIDA de sua espécie.
16. E foi criado um GRANDE SÍMBOLO para aparecer no DIA e dispersar as tre­vas; era o SÍMBOLO do ES­PÍRITO e era o BEM. Do mesmo modo foi criado um SÍMBOLO MENOR para apa­recer na NOITE; era o SÍM­BOLO da Consciência Cósmica, REFLETINDO a glória do ESPÍRITO. Daí em dian­te, foram criados outros SÍM­BOLOS para representar as forças criativas e os atributos do Espírito.
17. E Deus ordenou que tudo isso permanecesse no Rei­no Espiritual.
18. E do Reino Espiritual eles revelariam o Dia e a noite, a Luz e as trevas, o Bem e o mal.
19. Assim se completou o Quar­to Ciclo de Evolução.
20. O Espírito tocou e vivificou as células que estavam nas águas para que se reprodu­zissem abundantemente con­forme sua espécie; do mes­mo modo foram vivificadas as células no ar para que pro­duzissem criaturas confor­me sua espécie.
21. E assim foram criadas as grandes e as pequenas criatu­ras das águas, e as aves do céu.
22. E a Consciência Cósmica as dotou de instinto e foi­-lhes ordenado que se multiplicassem com o toque do Espírito.
23. E assim se completou o Quin­to Ciclo de Evolução.
24. E o Espírito fez surgir SO­BRE a terra vida em várias formas, segundo as células que DENTRO dela existiam.
25. E surgiram feras e rebanhos, e os que rastejam SOBRE a face da terra.
26. E Deus concebeu uma ex­pressão física da Consciência Cósmica NA face da terra, para ser uma contraparte da expressão no Reino Espi­ritual.
27. E o Espírito criou o HOMEM segundo a IMAGEM CÓSMI­CA de Deus a partir das célu­las animais na terra; positi­vas e negativas, masculinas e femininas, eram as cria­ções da Expressão Cósmica.
28. E Deus abençoou a obra do Espírito, e disse ao HOMEM: Com o Espírito em ti, deves desenvolver as células da terra que estão em ti e te multiplicares e te reproduzires segundo tua própria espécie, a fim de po­voares a terra e te tornares mestre de tudo o que é da terra, do ar, do fogo e da água.
29. E a Consciência Cósmica no homem sabia que sobre a face da terra e no ar acima dela estavam os elemen­tos nos quais o corpo do ho­mem podia crescer e com os quais o Espírito no ho­mem devia se manifestar e ser sustentado na expressão física.
30. E do mesmo modo, a cada animal da terra, a cada ave do céu e a cada criatura das águas foram dados ELEMEN­TOS para a VIDA
31. E a mente de Deus estava ciente de tudo o que fora criado; e isto era BOM. Assim se completou o Sexto Ciclo de Evolução.
32. Desse modo foi criado tu­do o que é. Na mente de Deus todas as coisas foram concebidas; e a concepção dirigiu as vibrações do Espí­rito para que ele criasse, e assim foi.
33. E no Sétimo Ciclo a mente de Deus glorificou-se em sa­grada comunhão com tudo o que fora criado; e o Espírito habitou em paz e harmo­nia, suas vibrações em per­feita harmonização com as vibrações de toda a matéria. E deus santificou o Sétimo Ciclo como o Ciclo da Per­feição, da Totalidade e da Harmonia.

(Nota: Esta é uma interpreta­ção da Criação do Mundo da história Bíblica, sob um pon­to de vista rosacruz. Entretan­to, não seria dessa forma que o rosacruz escreveria a histó­ria da criação conforme sua pró­pria compreensão da mesma. Portanto, esta é uma tentati­va de traduzir a história bíbli­ca para as doutrinas e ensina­mentos rosacruzes, e de jo­gar luz sobre os pontos de se­melhança entre ambas. Co­mo leitura correlata, o Primei­ro Capítulo do Evangelho Segun­do São João lança uma luz con­siderável sobre os quatro pri­meiros versos deste artigo.)

Fonte: LEWIS, H. Spencer. Uma interpretação rosacruz do primeiro capítulo do livro do Gênesis. In O Rosacruz. jan/fev/mar 1994. Curitiba: AMORG-GLP, 1994. p. 16-17.


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