sábado, 5 de outubro de 2013

TRIÂNGULO MÍSTICO E A CONVENÇÃO INTERNACIONAL ROSACRUZ – PARTE 02





De acordo com uma comunidade de rosacruzes no Orkut, Frater Nilson Bulgarelli, em uma visita à SGL da AMORC, em 2007, conseguiu um exemplar raro de "The Mystic Triangle", arregaçou mangas e vem trabalhando em sua tradução para o português. A primeira parte da tradução foi compartilhada em 2009.

Neste trecho veremos como a GFB trabalha com “seus canais pessoais” e como cada Linhagem R+C recebe determinada missão nos seus círculos externos.

Também, neste capítulo, HSL narra uma aparição extraordinária do Mestre KHM durante esta Convenção Mundial.


SEGUNDA PARTE

 

O almoço oferecia uma oportunidade impar para conversa íntima e já eram quase três horas quando nos demos conta disso. Apressadamente deixamos a sala e subimos as escadas novamente para o inicio das atividades formais da sessão principal da Convenção.

Após a chamada dos nomes e registro de relatórios e petições, de forma que as mais importantes questões poderiam ser selecionadas para a primeira parte do programa, um discurso de instruções gerais de abertura foi feito pelo Frater Zack Mele, um oficial da sucursal Austríaca da Ordem, escolhido na ultima Grande Convenção Internacional para ser o presidente desta vez.

Ele falou em francês, usando ocasionalmente, termos ou trechos do Latim, e em duas ocasiões interpretou passagens de suas observações em Inglês, enquanto olhava em minha direção e, em seguida, a um representante sem portifólio da AMORC na Inglaterra.

O principal sentido do discurso, que interpretei na hora, foi confirmado por posterior relatório, como segue:

A Ordem Rosacruz como existe hoje em todo mundo, é mais unificada do que fora no passado. A demora em alcançar este estado, foi causada pela Guerra Mundial (que impediu uma Convenção Internacional em 1916 e realizou mais tarde uma conferencia de chefes nacionais a qual teve baixa freqüência); mas desde a guerra muito progresso tem sido conseguido, pela mais estreita aliança de vários movimentos, os quais estavam fora da linha rosacruciana. Entretanto a Europa arruinada, e outras partes do mundo, demonstraram a Ordem, a necessidade de relacionamentos até onde as varias jurisdições eram conhecidas.

A questão é que a Ordem Rosacruz, nunca teve movimentos internacionais como os que têm existido em outras organizações, provavelmente por ser mais antiga, e não estava interessada em questões políticas ou facções religiosas, e tinha um trabalho a fazer que só foi possível de ser conseguido através de uma cooperação leal.

Além disso, a Ordem não incentivou lideranças pessoais de tal forma que qualquer líder de qualquer ramo de trabalho, certamente poderia começar uma organização independente e ter a adesão de um grande numero de seguidores, que seriam simplesmente discípulos pessoais.

Assim como em muitas partes do mundo, a massa de buscadores e estudantes dos mistérios da vida perceberam que havia uma escola que manteve firmemente os princípios Rosacruzes, e as pessoas que procuravam esses princípios não tiveram de caminhar por uma vasta literatura em uma tentativa de descobrir qual era a verdadeira organização.
Foi nesta altura que o Mestre olhou na minha direção e em direção ao irmão da Inglaterra, e repetiu parte da sua sentença em um Inglês mal falado.

Eu sabia, naquele instante, que as situações a que se referiu, todos nós estávamos perfeitamente conscientes do fato de que somente na Inglaterra e na América existem inúmeras das chamadas sociedades Rosacruz, movimentos, editoras, cada uma com emissão de peças publicitárias, para vender ensinamentos Rosacruzes. É uma situação, como salientou o Mestre, que exige atenção oficialmente do Concilio Internacional.

O Mestre explicou ainda que, desde a guerra, viagens turísticas trouxeram muitos rosacruzes de todas as terras para as diversas jurisdições como visitantes e tais visitas assistidas para obter melhor conhecimento.

Ele se referia muito especificamente aos vários membros da Amorc na América os quais foram recebidos na Áustria, Alemanha, França, Itália e muitos outros ramos Orientais da Ordem.

Então ele falou do desenvolvimento dos trabalhos na América que são tipicamente como a moderna tendência da Rosacruz no mundo.

Parecia que ele estava familiarizado com o fato de que as lições e palestras americanas tinham sido traduzidas para línguas estrangeiras e copias destas traduções usadas pelas varias jurisdições estrangeiras como uma forma revisada do trabalho.

Ele se referia as investigações conduzidas pelo Frater Wittemam (um membro do Senado Belga) para posterior edição de seu livro intitulado como Historia da Rose-Croix, e como ele descobriu através de suas pesquisas que quase todos executivos das jurisdições estrangeiras elogiam o trabalho que estava sendo feito pela Ordem na América do Norte. Novamente o Mestre olhou para mim e repetiu algumas de suas palavras em um bonito inglês.

Eu estava ansioso naquele momento, é claro, para contar ao Mestre e os demais presentes as novidades que tinha sido dado para mim pela minha filiação na América, antes de sair.

Eu queria falar do maravilhoso trabalho de propaganda realizado em um mês, conforme testemunho de um dos membros a serem tomadas para esta convenção.

Mas eu tive que esperar até o momento propicio, e eu vou referir-me a isso mais tarde.

O Mestre concluiu seu discurso com varias recomendações.

Estas foram no sentido de que no ocidente (que significa, neste caso, a América) a ótica do lado pratico dos ensinamentos dos Rosacruzes de hoje esta ainda buscando meramente jurisdições, assinalou ainda que muitas pessoas no mundo acreditavam que os Rosacruzes ainda procuram simplesmente transmutar metais comuns em ouro, literalmente, ou procuram o elixir da vida como uma droga mística ou química que asseguraria vida longa, imune de qualquer uma das leis da natureza.

Isto foi um grande elogio ao trabalho na América e a forma de nossas palestras e ensinamentos como tem sido revisada e alterada de ano para ano por muito tempo. Muitos dos Grandes Mestres de jurisdições estrangeiras, que tem recebido copia das palestras Americanas por anos, enviam ao Imperator Americano, valiosos pontos adicionais, experimentos e exercícios para serem incorporados nas palestras porque a natureza pratica dessas coisas são determinadas pela suas próprias experiências.

Assim a jurisdição Americana tomou a dianteira em tornar os ensinamentos em canal muito pratico, eliminando muito da alegoria, simbologia e filosofia, tornou-se um centro que emana a qualquer outra jurisdição que envia ou solicita ensinamentos práticos.

A ultima recomendação do Mestre era para que, o inevitável ritmo do trabalho para a moderna e pratica aplicação dos ensinamentos Rosacruzes, não diminuísse o lado espiritual e religioso, mas aumentado e alterado, por isso, também, teria de provar a ajuda pratica para a alma e mente do homem, no seu mais profundo anseio.

Logo que ele, calorosamente, com entusiasmo e eloqüência se manifestou sobre as necessidades espirituais da vida, avistei uma grande nuvem de Luz formando-se no fundo da plataforma.

Finalmente, a maravilhosa figura do Grande Mestre Kut-Hu-Mi surgiu.

Foi como se uma nuvem de Luz cintilante, gradualmente condensando-se dentro de uma forma se movimentasse, em frente, como vida - assim como alguma figura vista sob luz indireta.

Centenas de nossos membros na América viram tais “milagres” das leis naturais e sabem exatamente como a bonita figura do Grande Mestre deve ser olhada nesta ocasião.

"O conferencista parecia sentir que algo de estranho estava ocorrendo atrás dele, isto devido a que as emanações da aura do Grande Mestre devê-lo-iam estar afetando.

Outros no palco perceberam que nós na platéia estávamos olhando atentamente para algo atrás, e então, um por um viraram a cabeça para o lado e viram o que nós vimos.

Logo que cada um percebeu que o Grande Mestre estava prestes a dar um passo até a frente da plataforma, todos se levantaram e permaneceram em saudação. Assim que o conferencista terminou, a sala estava como que estremecendo devido ao poder de sua voz e à potência de seus pensamentos. Então, virou-se, viu o Mestre e cruzou seus braços em saudação, como os demais.

O Mestre K.H.M. seguiu agradecendo as saudações de todos; fez o Sinal da Cruz, e nós retomamos nossos assentos silenciosamente.

Não havia nada sobre a sua atitude ou palavras que indicavam que ele estava consciente, em qualquer grau da sua própria Maestria ou que ele é hoje um dos Irmãos, em cujo nome foi articulado. Ele enfatizou o aspecto que não podemos ver no seu trabalho do passado tudo o que sugere o elementar, o primitivo ou o falso. Não devemos permitir que nosso estado mais elevado de evolução e compreensão deforme nosso julgamento sobre o que estes últimos Mestres ensinaram e fizeram.

Cada um veio à civilização num momento oportuno, com uma mensagem e uma maneira mais adequada, altamente eficaz e moderna para a época, e enviou raios luminosos longe para um futuro distante. Que nós temos passado muito além da Luz que foi derramada, isso não deveria levar-nos a minimizar o brilho da Luz hoje. Aqui ele nos lembrou de uma passagem na cerimônia do ritual do nosso Primeiro Grau de templo, onde o Mestre do Templo aconselha seus oficiais para preparar os candidatos que chegam da Luz menor a que estão tão habituados para não serem cegados pela Luz Maior, quando a receberem.

Estamos agora a banhar-nos em nosso presente resplandecente da glória da Luz Maior e olhamos com olhos depreciativos sobre o que parece menor hoje? Se a Luz Maior cega a muitos do período moderno, pense em quanta cegueira causou para a mente do passado!

O comentário que foi feito em seguida, que diz respeito às diversas formas de trabalho exotérico realizado com a ajuda da Grande Loja Branca, e eu não vou mencionar o nome delas ou delinear sua natureza específica, é preciso dizer que eles abraçaram muitas formas de trabalho humanitário, independentemente do credo ou dogma, muitas escolas arcanas do Oriente e Ocidente, e muitos canais não reconhecidos e de boa conduta praticada por indivíduos ou grupos que trabalham de formas limitadas em localidades especiais sem nome ou fama.

O grande Mestre foi testemunho para os trabalhos dos recentes "canais pessoais", tais como Rudolf Steiner, agora um neófito no colégio preparatório da Grande Loja Branca no cósmico; Edgar Lucien Larkin e Max Heindel, ambos os quais experimentaram a Grande Iniciação; Otomano Hanish, J.E. Richardson, mais conhecido como "T. K."; T. Troward, Marie Russak (uma sincera Teosofista e ex-editora do "O Canal") e muitos outros de tempos recentes. Não estou incluindo os nomes de quem já é muito ativo na obra da Grande Loja Branca por várias razões.

Finalmente, o grande mestre fechou o discurso com a garantia de que as maiores revelações e as mais importantes "descobertas" seria dado para o mundo através dos seus canais maiores, especialmente a Rosacruz, durante os poucos anos até a próxima Convenção Internacional, e que a sua presença nesta Convenção indica o desejo da Sagrada Assembléia de expressar a sua bênção e aprovação, enquanto a força inspiradora e fidelidade no coração de todos dedicados à Grande Obra.

Devo fechar esta parte, neste ponto, devido à falta de espaço, mas a convenção continuou durante muitas horas com muitas outras interessantes palestras e demonstrações, bem como os planos para as futuras atividades.

No meu próximo fascículo, vou continuar os trabalhos desta sessão da Convenção.

(FIM DA TRANSCRIÇÃO)


FONTE: <http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=204772&tid=5607581366926579529&na=3&nst=11&nid=204772-5607581366926579529-5607608700098161284> Acesso em 20 jun. 2010.

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