“Crata Repoa”,
publicado em 1770, na Alemanha, era o libro base da Ordem dos “Arquitectos
Africanos”, ou dos “Irmãos Africanos” (por “africanos” entenda-se “egípcios”), instituída
em 1767, na Prússia, sob os auspícios de Frederico o Grande, sistema hermético
que teve por Grão Mestre, von Koppen, ilustre membro da Estrita Observância
Templária (organização maçónico-templária dirigida pelo Barão Karl von Hund).
Estava organizada em 7 classes: 1ª, Pastophoris;
2ª, Néocoris; 3ª, Melanophoris; 4ª, Chistophoris; 5ª, Balahate;
6ª, Astrônomo da Porta de Deus; e 7ª, Profeta ou Saphenath Pancah.
A Ordem visava
revelar os segredos do antigo Egito. Após ter passado pelas Trevas (no 3° Grau,
na “Porta da Morte” do Mestre Osíris), de onde apenas sairia após ter adquirido
“verdadeiros conhecimentos”, e de ter atingido a Luz após a “Batalha das
Sombras” do 4°. Grau - onde receberia o “escudo de Ísis” -, o iniciado assistia
no 5° Grau a uma representação da morte da Serpente Typhon, por Horus, finda a
qual o Balahate aprendia a “química” (isto é, a Alquimia), “a arte de decompor
as substâncias e de combinar os metáis”:
CRATA
REPOA
AS
INICIAÇÕES AOS ANTIGOS MISTÉRIOS
DOS
SACERDOTES DO EGITO
Preparação
Quando um aspirante
desejava entrar à Antiga e Misteriosa Sociedade de Crata Repoa, tinha de ser
recomendado por um dos Iniciados. A proposição era feita geralmente pelo Rei
mesmo, que escrevia uma autorização aos Sacerdotes[1].
Havendo sido
apresentado em Heliópolis, o Aspirante era derivado aos sábios da Instituição
em Memphis, e estes o enviavam a Tebas (Porfírio – Vida de Pitágoras). Aqui era circuncidado[2]
(Heródoto, Livro 2º. Clemente de Alexandria, Stromat. I). Eles o punham em dieta, proibindo certos alimentos,
como vegetais e pescado, também vinho[3], porém depois de sua iniciação esta
restrição era atenuada. O obrigavam a passar vários meses encerrado em uma
cripta[4], abandonado a suas reflexões, permitindo
que ele escrevesse seus pensamentos. Logo era examinado estritamente para
determinar os limites de sua inteligência. Quando chegava o momento de
retirá-lo da cripta, o conduziam a uma galeria rodeada com as colunas de
Hermes, sobre as quais estavam gravadas as máximas que devia aprender de
coração (Jâmblico, De Mysteriis.
Pausanias, Livro I, disse expressamente que estas colunas se encontravam em
subterrâneos próximos de Tebas). Quando conseguia, um Iniciado chamado Thesmophores (Introdutor) o abordava.
Tinha em sua mão um grande chicote, com o qual mantinha as pessoas afastadas da
entrada, chamada de “A Porta do Profano”. Ele introduzia o Aspirante à gruta,
onde vendava seus olhos, pondo ataduras elásticas em suas mãos.
Primeiro
Grau – Pastophoris
O Aprendiz era
encarregado de custodiar a entrada que conduz à Porta dos Homens. O aspirante,
havendo sido preparado na cripta[5], era conduzido da mão pelos Thesmophores
e apresentado na porta dos Homens (Apuleio, Metamorfosis,
Livro 2). (Cicero, De Legibus, Livro
2 – Mysteriis ex agreste imanique vita
exculti ad humanitatem, et mitigati sumus.). A sua chegada, os Thesmophores
tocavam o hombro do Pastophoris (um dos últimos aprendizes), que custodiava o
exterior, e o incitava a anunciar o Aspirante, o que fazia golpeando na porta
de entrada (este ato está representado numa das Pirâmides). Havendo dado
resposta satisfatória às perguntas que lhe formulavam, o Neófito era admitido,
abrindo a Porta dos Homens.
O Hierofante o
interrogava novamente sobre vários temas, e o Neófito respondia categóricamente
(Plutarco, em Lacon Apoph. Lisandro).
Eles o faziam girar em volta da Birantha (Histoire
du Ciel, livro 1, pág. 44), esforçando-se por aterrorizá-lo por meio de
luzes artificiais, aplausos estrondosos, granizo, chuva e tempestade (Eusébio. Cesar,
Preparat Evangel. Clemente de Alexandria, Admonit
ad Gent.).
Se apesar disto, ele
não se desanimasse, o Menes, o leitor das leis, fazia a leitura da constituição
da Sociedade, a qual prometia ajustar-se. Logo desta adesão, o Thesmophores o conduzia com a cabeça
descoberta, frente ao Hierofante, ante quem se ajoelhava. Eles tomavam o
juramento de fidelidade e discrição ao mesmo tempo que colocavam a ponta de uma
espada na sua garganta, invocando o Sol, a Lua e as Estrelas para testemunhar
sua sinceridade (Alexander ab Alexandro,
Livro 5, cap. 10). Então retiravam a venda de seus olhos e situado entre duas
colunas quadradas, chamadas Betilies
(Eusébio, Demonst. Evang. Livro 1). Entre
estas colunas se colocava uma escada de sete degraus, e outra figura alegórica
de oito portas de diferentes dimensões (Orígenes, Cont. Cels. – pág. 34 da tradução de Buchereau). O Hierofante não
explicava no momento o sentido misterioso dos emblemas, porém se dirigia a ele
como segue:
“A ti que vem
adquirir o direito de escutar, te digo: as portas deste Templo estão firmemente
fechadas para os profanos, eles não podem entrar aqui, porém tu, Menes, Museo,
Filho de Celestiais trabalhos e investigação, escuta minhas palavras, pois
tenho de revelar-te grandes verdades. Guarda-te dos prejuízos e paixões que
podem afastar-te do verdadeiro caminho da felicidade, fixa teus pensamentos
sobre o Ser divino e conserva-o para sempre ante teus olhos, ao final de um
melhor governo de teu coração e teus sentidos. Se tu desejas de coração passar
o verdadeiro sendeiro à felicidade, recorda que estás sempre na presença do
Todo Poderoso ser que governa o universo. Este único ser produziu todas as
coisas, através d’Ele existem[6], Ele as preserva; nenhum mortal pode
contemplá-lo, e nada pode ser ocultado ao Seu olhar” (Eusébio, Preparat Evangel. 1-13. Clemente de
Alexandria, Admonit. ad Gent.).
Depois desta
alocução, faziam o aprendiz subir a escada e diziam que isso era um símbolo da
Metempsicose. Também o ensinavam que os nomes e atributos dos deuses tinham um
significado mais elevado que o conhecido pelo povo.
A instrução deste
grau era científica ou física; explicavam a causa dos ventos, relâmpagos e
trovões; ensinavam anatomia e a arte da cura, e como fazer medicamentos. Também
ensinavam a linguagem simbólica e a escritura hieroglífica (Jâmblico, Vida de Pitágoras).
A recepção
finalizava, o Hierofante dava ao Iniciado a palavra pela qual se reconheciam
mutuamente. Esta palavra era Amoun, que significava: seja
discreto (Plutarco, De Ísis e Osíris).
Também lhe ensinavam o toque de mão (Jâmblico, Vida de Pitágoras). Eles lhe colocavam uma espécie de capuz que
terminava em uma forma piramidal e lhe vestiam um mandil chamado Xylon. Em volta de seu pescoço, levava
um colar com borlas que caíam sobre seu peito. À parte disto, estava sem outras
vestimentas. Seu trabalho consistia em atuar como Guardião da Porta dos Homens.
Segundo
Grau – Neocoris
Este grau, e o
seguinte, representam cerimônias similares na Maçonaria Simbólica, e tem também
afinidade com dois dos mais altos graus da Série do Conselho [Concílio].
Se o Pastophoris, durante o ano de sua
aprendizagem, deu suficientes provas de sua inteligência, o submetiam a uma
severa prova para prepara-lo para o grau de Neocoris
(Annobius, liv.5). Havendo
transcorrido o ano, era levado a uma obscura câmara chamada Endymion (Gruta dos Iniciados). Ali,
belas mulheres lhe serviam uma deliciosa comida para repor suas forças
desgastadas, que eram esposas dos Sacerdotes ou virgens dedicadas a Diana. Elas
o incitavam ao amor por meio de gestos. Ele devia triunfar nestas dificultosas
provas para dar prova de controle sobre suas paixões[7].
Depois disto, o Tesmophores aparecia e fazia uma
variedade de perguntas a ele. Se o Neocoris
respondia corretamente, o conduzia à assembléia. O Stolista (o Espargidor) lançava água sobre ele para purificá-lo.
Eles requeriam sua declaração, afirmando que havia sido conduzido com sabedoria
e castidade. Logo de uma declaração satisfatória, o Tesmophores se dirigia a ele, tendo em sua mão uma serpente viva,
que lançava sobre seu corpo, porém que afastava com a parte inferior de seu
mandil (Julius Firmicus Maternus, cap. 2, diz que era uma serpente artificial
dourada).
A câmara parecia estar
cheia de répteis, para ensinar ao Neocoris
a suportar o terror corporal[8]. Quanto maior for a coragem mostrada na
prova, tanto mais era louvado depois da recepção. Então o guiavam para duas
altas colunas, entre as quais se havia um grifo empurrando uma roda (Ver a
representação no Grande Gabinete Romano). As Colunas indicavam o Leste e o
Oeste. O grifo era o emblema do Sol e os quatro raios da roda indicavam as
quatro estações.
Eles o instruíam na
arte de interpretar o higrômetro, por meio do qual mediam as inundações do
Nilo; o instruíam na geometria e na arquitetura, e nos cálculos e medições que
posteriormente teria que utilizar. Porém estes eram grandes segredos, somente
revelados a aqueles cujo conhecimento estava muito acima do comum das pessoas.
Sua insígnia era um
bastão com uma serpente entrelaçada[9] (O caduceu de Mercúrio, emblema do
movimento do Sol em torno da eclíptica). A palavra do grau era Eve [Eva], e nesta oportunidade lhe relatavam a queda da raça humana[10]. O signo consistia em cruzar as mãos
sobre o peito (Norden dá desenhos deste tipo).
O trabalho do Neocoris consistia em lavar as colunas.
Terceiro
Grau – Melanephoris
A
porta da morte
O Iniciado deste grau
recebia o nome de Melanephoris.
Quando o Neocoris, por inteligência e
boa conduta se fazia merecedor do grau, era levado imediatamente para a
recepção.
Era conduzido pelo Tesmophores ao vestíbulo, por cima de
cuja entrada tinha a inscrição “Porta da Morte”. O lugar estava repleto de
diferentes espécies de múmias e sarcófagos, com análogas ornamentações nas
paredes. Sendo o lugar da norte, o Neófito encontrava o Parakistes.
Também aqui
encontrava aos Heroi, aqueles que
abrem os corpos, ocupados em seus labores (Ver os desenhos de Norden).
No meio do vestíbulo
era colocado o ataúde de Osíris, e dado que se supunha que havia sido
recentemente assassinado, tinha traços de sangue. Os oficiais interrogavam o
Neófito se havia tido participação no assassinato de seu Mestre. Depois de sua
resposta negativa, dois Tapixeytes,
ou sepultureiros, tomam posse dele. O conduziam a uma habitação onde outros Melanephoris estavam vestidos de negro.
O Rei, que sempre
assistia a esta cerimônia, abordava o aspirante cortesmente, apresentando-lhe
uma coroa de ouro para sua aceitação, perguntando-lhe se considerava-se com a
coragem suficiente para afrontar as provas pelas quais deveria passar. O
aspirante, sabendo que devia rechaçar a coroa, jogava-a ao chão e a pisoteava[11] (Tertuliano, Sobre o Batismo, cap. 5). Então o Rei exclamava, “Ultraje! Vingança!
E brandindo o machado sacrifical, golpeava (suavemente) sua cabeça (O imperador
Cômodo cumpriu este trabalho por um dia, fazendo-o de maneira tão enérgica que
se voltou trágica). Os dois Tapixeytes
derrubavam o aspirante, e os Parakistes
o envolviam com vendas de múmia; no meio dos gemidos dos assistentes, o
transportavam através de uma porta sobre a qual estava escrito “Santuário dos
Espíritos”, e à medida que se abria, se ouviam trovões, relâmpagos e o suposto
morto se encontrava rodeado de fogo (Apuleio, Metamorfosis, Livro 2). Charon tomava posse del como espírito,
descendo entre os juízes das sombras, onde Plutão estava sentado em seu trono,
tendo Radamanthus e Minos a seu lado, também Alecton, Nicteus, Alaster, e Orfeu
(Deodoro de Sicilia, Orfeu, Livro 4).
Este temível tribunal lhe dirigía severas críticas em relação ao curso de sua
vida, e finalmente o condenava a vagar pelas galerias subterrâneas. Então lhe
retiravam as vendas e os atados mortuários.
Então recebia a
instrução de:
Nunca ter sede de
sangue, e sempre assistir aos membros da sociedade, cuja vida estiver em
perigo.
Nunca deixar um corpo
morto sem sepultura.
Aguardar a
ressurreição do morto e o futuro julgamento.[12]
O novo Melanephoris tinha que estudar desenho e
pintura, dado que uma parte de seus trabalhos consistia na decoração de
sarcófagos e múmias. Era-lhe ensinado um alfabeto particular, chamado
Hierogramático, que lhe era sumamente útil, dado que a História do Egito, sua
geometria e os elementos de astronomia estavam escritos em ditos caracteres. Também
recebia lições de retórica, assim saberia como dar orações fúnebres em público.
O signo de
reconhecimento consistia em um peculiar abraço, cujo objeto era expressar o
poder da morte. A palavra era – Monach
Caron Mini – “Eu conto os dias de cólera”.
O Melanephoris permanecia nestas galerias
subterrâneas até que lhes fosse possível julgar sua capacidade para avançar nas
ciências mais elevadas; sendo obrigado a passar o restante de seus dias neste
lugar se não alcançasse o verdadeiro conhecimento.
Quarto
Grau – Chistophoris
Batalha
das Sombras (Tertuliano, De Militis
Corona)
A duração da cólera
era geralmente de dezoito meses e havendo este transcorrido, o Tesmophores ia ver o Iniciado, o saudava
gentilmente, e depois de armá-lo com uma espada, o incitava a segui-lo. Eles
recorriam às sombrias galerias, quando abruptamente alguns homens com máscaras
de figuras horrendas, com chamas em suas mãos e serpentes em volta, atacavam o
Iniciado, gritando – “Panis!”
Os Tesmophores o incitavam a confrontar
todos os perigos e a sobrepor-se a todos os obstáculos. Ele se defendia com
coragem, porém sucumbia ao número; então, eles vendavam seus olhos e passavam
uma corda em volta de seu pescoço, por meio da qual era levado à sala onde
recebia um novo grau. Logo era levantado, estendido e introduzido na assembleia,
com grandes dificuldades para sustentar-se por seus meios.
A
luz era restituída, e seus olhos ficavam deslumbrados com o brilho das
decorações; a sala oferecia um conjunto de magníficas imagens. O Rei, em
pessoa, estava sentado junto ao Demiurgos,
o Grande Inspetor da Sociedade. Por debaixo destes altos personagens, estavam
sentados o Stolista (Purificador pela
Água); o Hierostolista (Secretário),
levando uma pluma em seu penteado; o Zacoris
(Tesoureiro); e o Komastis, ou
Supervisor de Banquetes. Todos levavam a Alydee [Aletheia], verdade. Era uma
decoração egípcia (Actianus, Var. Hist. liv.14, cap. 34, fala nestes termos: -
“Eum omnium hominum justissimum et
tenacissimum opportebat qui circa collum imaginem ex saphiro gemma confectam
gestabat.”).
O orador ou cantor[13] pronunciava um discurso no qual
elogiava o novo Chistophoris por sua
coragem e resolução. Ele insiste ao neófito para perseverar, dado que somente
havia completado a metade de seus labores e que teria que suportar até mostrar
provas completas de sua integridade.
Eles lhe davam uma
taça cheia de uma bebida muito amarga, que chamavam cice, que devia beber [Esta
era a autêntica bebida que levava o nome de Xuxeon. Ahenee, liv. 9]. Eles o investiam com diversos ornamentos. Ele
recebia o [anel] de Ísis (Minerva); lhe punham as [bolsas] de Anubis
(Mercúrio); o cobriam com o manto de Orci, ornamentado com um capuz.
Eles lhe ordenavam
tomar uma cimitarra que lhe ofereciam, com o fim de cortar a cabeça de um
indivíduo que se encontraria no fundo de uma profunda caverna a qual teria que
entrar, para levar-lhe a cabeça ao Rei. Nesse momento todos gritavam – “Niobe,
aqui está a caverna do inimigo!” Ao entrar ali, ele percebia a figura de uma
mulher muito bela; estava revestida de uma pele muito fina, e tão
artísticamente realizada que parecia ter vida.[14]
O novo Chistophoris se aproximava à figura, a
tomava pelos cabelos e lhe cortava a cabeça, apresentando-a ao Rei e ao Demiurgos. Depois de aplaudir esta ação
heróica, eles lhe informavam que era a cabeça de Gorgo (Gorgo, Gorgol, Gorgona,
são os nomes egípcios da Medusa), a esposa de Typhon, que era a causa do
assassinato de Osíris. Eles aproveitavam esta circunstância para inculcar-lhe
que sempre deveria ser o vingador do mal. Então recebia a permissão de por as
novas roupagens que lhe entregavam. Seu nome era inscrito em um livro junto a
outros Juízes do país. Ele se regozijava em livre comunicação com o Rei e
recebia seu alimento diário do Tribunal (Deodoro de Sicilia, liv. 1, De Judiciis Aegyptiorum).
Juntamente com o
código da Lei, lhe davam uma decoração que só podia levar na recepção de um Chistophoris, ou na Cidade de Sais. Ela
representava Ísis, ou Minerva, sob a alegoria de uma coruja; e a alegoria era
assim interpretada: - O homem, em seu nascimento é cego como a coruja, e se
converte em homem somente com a ajuda da experiência e da luz da filosofia. O
casco expressava o mais alto grau de sabedoria; a cabeça decapitada, a
repressão das paixões; o anel, uma defesa legítima contra a calúnia; a coluna,
firmeza; a vasilha de agua, uma sede de ciência; o carcajo adornado com
flechas, o poder da eloqüência; a pica, persuasão levada a seus limites, quer
dizer, que por sua reputação alguém pode causar grande impressão à distância;
os ramos de palmeira e oliveira, os símbolos de paz (Grand Cabinet Romain, p.26). Eles lhe diziam logo que o nome do
grande legislador era Joa[15] (Deodoro de Sicilia, liv.1, De Egyptiis Legum Latoribus). Este nome
era também o nome da Ordem.
Os membros, em
ocasiões, faziam reuniões onde os somente Chistophoris
podiam ser admitidos. Os Capítulos eram chamados Pixon (Fonte ds Justiça); e a
palavra em uso nessas tendas era Sasychis (um antigo sacerdote do
Egito).
Era ensinado ao
Iniciado a linguagem Amúnica (o Amúnico era uma linguagem misteriosa; ver a
palavra do 1º). O aspirante, havendo superado os Mistérios Menores, cujo
objetivo era prepará-lo, o instruíam nas ciências humanas, até o momento em que
fosse admitido aos Grandes Mistérios e ao conhecimento da doutrina sagrada,
chamada a Grande Manifestação da Luz, quando não houvera mais segredos para
ele.[16]
Quinto
Grau – Balahate
O Chistophoris tem o direito a demandar e
o Demiurgos não pode recusar outorgar
este Grau. O candidato era conduzido à entrada, onde era realizada a audiência,
sendo recebido por todos os membros. Então era conduzido a outra sala, disposta
para uma representação teatral, na qual era, de certa forma, o único
espectador, e na qual cada membro tomava parte.
Um personagem chamado
Orus acompanhava vários Balahate, que
portavam tochas; eles marchavam para a sala e pareciam estar buscando algo.
Orus desenbanhou sua espada ao chegar à entrada de uma caverna, da qual saíam
chamas; na parte inferior dela, estava o assassino Typhon, com aparência de
ânimo decaído. Ao se aproximar Orus, Typhon se levantou, tomando uma aparência
terrífica, com uma centena de cabeças sobre seus ombros, todo seu corpo coberto
de escamas e sus braços de enorme longitude. Orus avançou para o monstro sem
permitir ver-se amedrontado por seu terrível aspecto, derribando-o e
afastando-o. Logo o decapitou, e tirou seu corpo da caverna, o qual seguia
vomitando chamas. Logo, em silêncio, exibiu as horrorosas cabeças.
Este cerimonial
terminava com a instrução que se dava ao Balahate,
que incluía a explicação desta alegórica cena. Era dito que Typhon simbolizava
o fogo, que é um dos mais terríveis agentes, não obstante, sem o qual nada pode
ser feito no mundo. Orus representava a indústria e o labor, por meio das quais
o homem realizava grandes e úteis empresas ao dominar a violência do fogo,
dirigindo seu poder e apropriando-se de sua força.
O Chistophoris era instruído em Química e
a arte de decompor as substâncias e mudar os metais. Ele contava com a
assistência de mestres quando necessitava das investigações e experiência que
eles tinham nessa ciência.
A palavra da ordem
era Chymia.
Sexto
Grau – O Astrônomo ante a Porta dos Deuses
A preparação deste
grau começava pondo-se correntes no Candidato. Os Tesmophores o conduziam à Porta da Morte, que tinha que descer por
quatro etapas, devido a que a Caverna de recepção era a previamente usada para
o terceiro grau e que nesta ocasião estava cheia de agua, com a finalidade de
deslocamento da Barca de Caron [Caronte]. A presença de alguns sarcófagos
causava impacto aos olhos do Candidato. Era-lhe informado que eles conservavam
os restos daqueles membros que traíram os segredos da sociedade; e o ameaçavam
com o mesmo destino se cometesse tais crimes.
Então era situado ao
centro da assembleia, com a finalidade de tomar-lhe um novo juramento. Depois
de tê-lo pronunciado, lhe explicavam a história da origem dos deuses, que eram
objeto de adoração do povo e por meio dos quais eles dirigiam sua credulidade;
porém, também lhe indicavam a necessidade de conservar o politeísmo para o
comum das pessoas.[17] Eles ampliavam as ideias que lhe haviam
sido apresentadas no primeiro grau sobre a doutrina do Ser único que abarca
todo o tempo, preside sobre a união e regularidade do universo e quem, por sua
natureza, está acima da compreensão do espírito humano.
O grau foi consagrado
à instrução do Neófito no conhecimento e prática da astronomia. Ele estava
obrigado a dedicar a noite a observações e a cumprir com os labores que lhe
encomendavam. Ele era advertido a estar precavido contra os astrólogos e
desenhistas de horóscopos, a quem viam como autores da idolatria e da superstição,
pelo que esta Escola de Mistérios tinha-lhes aversão. Estes astrólogos haviam
eleito a palavra Phoenix como palavra da ordem, à qual os Astrônomos ridicularizaram.[18] (Heródoto, Hist. Aethiop., liv. 3).
Depois da recepção,
conduziam o Iniciado para a Porta dos Deuses e o introduziam no Panteão, onde
ele contemplava a todos os deuses e os via representados por pinturas magnificentes.
O Demiurgos relatava novamente a
história, sem ocultar-lhe nada.
A palavra do grau era
Ibis,
significando grua, que significava vigilância.
Sétimo
Grau – Profeta ou Saphenath Pancah
(O
homem que conhece os Mistérios – Jâmblico, De
Misterios Aegypt)
Este grau era o
último e o mais eminente. Nele davam a mais completa e detalhada explicação de
todos os Mistérios.
O Astrônomo não podia
obter este grau, que estabelecia sua aptidão em todas as funções, públicas e
políticas, sem o consentimento do Rei e do Demiurgos;
e ao mesmo tempo, o consentimento geral dos membros internos da Sociedade.
Eles punham à sua
disposição, uma lista de todos os Grandes Inspetores, na ordem cronológica na
qual haviam vivido, e também uma lista de todos os membros da sociedade espalhados
sobre a face do globo.[19] Eles lhe ensinavam a dança sacerdotal
que figurava o curso das estrelas (Luciano, De
Saltatione).
A recepção era
seguida por uma procissão pública à qual davam o nome de Pamylach (Oris circunciso
- circuncisão da língua). [Esta pareceria uma expressão figurada, pela qual
queriam dizer que o Neófito adquiriu todo o conhecimento que poderiam dar; sua
língua era aguda e lhe era permitido falar de todo conhecimento.][20]
Eles exibiam então ao
povo os objetos sagrados.
A procissão
finalizava; os Membros da Sociedade partiam clandestinamente para a cidade
durante a noite, retirando-se a um lugar fixado e reunindo-se novamente em
algumas casas de forma quadrada, que tinham vários aposentos ornamentados com
admiráveis pinturas, representando a vida humana (viagem de Lucas ao Egito).
Estas casas eram chamadas Maneras (residência de Manes), porque o povo acreditava
que os Iniciados tinham um particular tratamento com os Manes do defunto; as
Maneras estavam ornamentadas com um grande número de colunas, entre as quais
havia alguns sarcófagos e uma esfinge.
Ao chegar, ao novo
profeta era oferecida uma bebida chamada Oimellas (verdadeiro oinomeli,
composto de vinho e mel, Athenee,
Liv. 9), comunicando-lhe que havia chegado ao final de todas as provas.[21]
Ele era então
investido com uma cruz, cuja significação era peculiar[22]
e somente conhecida aos Iniciados, que devia levar continuamente. (Rufino. Liv. 2, Cap. 29).
Ele era investido com
uma bela toga com raios brancos, muito ampla, chamada Etangi. Eles raspavam sua cabeça e seu penteado era de forma
quadrada. (Pierius, Liv. 32, Gd. Cabinet Romain, p. 66).
O signo principal se
realizava levando as mãos cruzadas nas mangas da toga, que eram muito largas. (Porfirio,
De Abstinentia).
A palabra de ordem era
Adon[23]
(Senhor, raiz de Adonis, singular Adonai. Histor. Deor. synt. Prim., Lilio Gregor autore p. 2).
O Profeta tinha
permissão para ler todos os livros misteriosos que estavam na língua Amúnica,
para o qual lhe davam a chave, que chamavam Poutre
Royale. (Plutarco, De Amore Fraterno.
Diodoro de Sicilia, in Auditionibus).
A maior prerrogativa de seu grau era a contribuição de seu voto na eleição do
Rei (Synesus, De Providentia). O novo
Profeta, depois de um tempo, podia subir aos cargos da Sociedade, e ainda ao de
Demiurgos.
Os
Ofícios e Oficiais
1º - O Demiurgos, Grande Inspetor da Sociedade. Ele vestia uma toga em
azul céu, salpicada de estrelas bordadas, e um cinturão amarelo (Montfaucon,
Liv. 2, p. 102, fig. 1; Ungerus, De
Singulis). Ele levava em seu pescoço uma safira rodeada de brilhantes e
suspenso em uma corrente de ouro. Ele era também Supremo Juíz de todo o país.
2º - O Hierofante estava vestido de
maneira similar, exceto que levava em seu peito uma cruz.
3º - O Stolista estava a cargo da purificação do Aspirante pela água,
vestia uma toga de raios brancos e um calçado de forma peculiar. Estava a cargo
da custódia do vestíbulo.
4º - O Hierostolista (Secretário) tinha uma pluma em seu penteado e tinha
em sua mão um vaso de forma cilíndrica, chamado Canonicon, para a tinta.
5º - O Thesmophores, encarregado da introdução dos Aspirantes.
6º - O Zacoris cumpria as funções do Tesoureiro.
7º - O Komastis tinha a cargo os Banquetes e controlava os Pastophores.
8º - O Odos era Orador e cantor.
Banquetes
Todos os membros
estavam obrigados a lavar-se antes de ir à mesa. Não lhes era permitido o
vinho, porém podiam tomar uma bebida similar a nossa moderna cerveja.[24]
O Odos entoava um
hino chamado o Maneros, que começava assim: “Oh morte! Vem em uma hora
conveniente”. Todos os membros se uniam em coro.
Quando o ágape
concluía todos se retiravam; alguns para atender suas ocupações, outros para
dedicar-se à meditação; o maior número, de acordo com a hora, para saborear as
bondades do sono, com a exceção daqueles cuja tarefa era estar de guarda para
conduzir pela Porta dos Deuses (Birantha),
aos iniciados de 6º que desejavam fazer observações celestes; estes estavam obrigados
a passar a noite inteira a secundar, ou melhor, dirigir os labores
astronômicos.
Tradução da versão inglesa, incluída no “Freemasonry of the Ancient Egyptians”, de Manly P. Hall, por Harmakis e para o português[27] pela Frater Lucis IAO Abraxas.
[1] O governo do antigo Egito era teocrático.
Ainda que o Faraó parecia ser a cabeça do Estado, os sacerdotes eram os
verdadeiros governadores do império. O rei era posto em seu trono pelos
sacerdotes, mantido ali pela influência sacerdotal, e permanecia toda sua vida
sob a tutela e proteção do sacerdócio. Os templos eram os santuários das Letras
e das Ciências, e o saber em todos os seus ramos era cultivado exclusivamente
pelo sacerdócio.
Na civilização moderna é considerado como princípio sagrado que o
conhecimento seja de propriedade comum; toda a humanidade tem direito a
participar no conhecimento de acordo com a amplitude de suas capacidades
intelectuais. Porém no Antigo Egito, o conhecimento foi considerado como um
alto privilégio, e a educação estava sob a direção de um pequeno número de
indivíduos escolhidos que estavam organizados nas Escolas de Mistérios ou nas
instituições sagradas do Estado. Os membros destes grupos estavam unidos por
vínculos, votos e juramentos de segredo.
[2] O Hno. Godfrey Higgings sugere
que esta é a origem da crença popular de que todos os Franco-Maçons estão
marcados.
[3] Os Drussos e outras sociedades conhecidas em
nosso 29º seguem o mesmo antigo costume.
[4] O Yoga Hindú faz o mesmo, porém isto é para
dar a oportunidade de adotar costumes de hibernação, e contribuir ao resultado.
[5] Por esta se entende aquela que é chamada na
Franco-Maçonaria do século XVIII como o gabinete de reflexão, habitação
destinada à concentração e meditação.
[6] Um dos mais profundos segredos das doutrinas
metafísicas da Antigüidade foi a crença em um Deus perfeito, uno, único e
eterno. Os mais sábios iniciados reconheceram a unidade do divino princípio e
deixaram a população ignorante e desinformada das teologias politeístas. Os
Gregos, como os Egípcios, reconheciam um Deus, cujos mistérios celebravam com
apropriados rituais e ritos. Os menos informados entre os Gregos, entretanto,
continuavam venerando um elaborado panteão de divindades. O culto do Deus Uno
era celebrado pelos maiores filósofos Gregos no templo de Eleusis, sob o
pretexto de venerar a Deusa Ceres.
[7] Este pode ser considerado como improvável,
porém, entretanto, é certo. Os Drussos o apresentam como a última grande prova
ao Iniciado, e o advertiam severamente por não cumprir com seu juramento. Isso precede
às obscuras aparições na qual pode ser chamada Sala dos Espíritos, que eles
fazem aparecer à vista do Iniciado pela vontade mesmérica, pelos dias de jejum
e pelas provas.
[8] Os Coptos possuíam a arte de privá-los do
veneno.
[9] O Caduceu de Mercúrio é o emblema do movimento
do Sol em torno da eclíptica (nota editorial: o movimento do Sol está
representado pelas serpentes, porém esta é uma das interpretações deste
símbolo).
[10] Clemente de Alexandria disse algo similar.
Parece também confirmado por recentes descobertas de inscrições Assírias.
Também existem ainda sociedades da mais antiga data, no refúgio do Himalaia,
que transmitem tal informação. Em algum momento vamos dar a conhecer um escrito
em relação com o tema, e mostrar a importância destas sociedades na transmissão
dos Antigos Mistérios e da Moderna Franco-Maçonaria.
Quando relacionamos esta particularidade com o comentário que
encontramos em um famoso livro, encontramos sem dúvida que a similitude dos
sistemas merece l concentrada atenção dos pensadores. Não devemos esquecer que
o autor do Gênesis havia sido levado à corte do faraó Egípcio e havia sido
iniciado nos Mistérios. Em outras palavras, ele havia adentrado profundamente
nos segredos do templo e havia obtido a posse de um conhecimento secreto, cuja
profunda significação nunca foi posta em dúvida. Moisés, assim mesmo, alcançou
a maestria no princípio da legislação religiosa e deu prova disso quando se
converteu em líder de seu povo.
[11] Nos Mistérios de Mitra ele respondia, “Mitra é
minha Coroa”.
[12] El Editor afirma que este es un error, atribuido a Platón, que habría
comprendido mal su instrucción Egipcia.
[13] Ninguém pode duvidar que as linguagens antigas
eram harmoniosas em sua pronunciação. As linguagens primitivas estavam
compostas somente de consoantes. O leitor inseria as vogais de acordo com
certas regras aceitas. Este é um dos princípios da Qabalah. Os oradores e
sacerdotes, ao recitar coisas sagradas se expressavam em uma espécie de canto.
A poesia é a linguagem dos Deuses, e é natural conferir um certo ritmo à
recitação de hinos e poemas sagrados.
[14] Os antigos provavelmente conheciam a epiderme
que cobre o interior da papada do boi. Tem diversos usos, o mais importante na
cirurgia.
[15] A palavra Jehová expressa, sem dúvida, Joa. É
significativo que esta última seja a palavra sagrada do grau 88 de Misraim. É
devido a um erro que é escrita como Zao nos livros dos Ritos, e no Tuileur
de Tous Les Rites [Orientador de Todos os Ritos], pág.421, entretanto,
verdadeiramente podemos dizer que o J ou Dja dos Hindús era expressa pelo Z em
alguns países.
[16] Jâmblico explica isto claramente. Os
Sacerdotes exibiam ao Epoptae as variadas ordens de Espíritos. O Herói, os
semi-deuses, as potências elementais, arcanjos, anjos e Espíritos tutelares.
Mais ainda, eles descreviam e explicavam a origem e as qualidades destas
diferentes ordens do mundo superior, de uma forma clara e precisa, mostrando a
grande perfeição à qual haviam chegado na ciência da Teologia. – John Yarker.
[17] A tradição do politeísmo não era absurda em
suas origens. Estas tradições eram resultado da invenção de engenhosos
emblemas, desenhados para revelar os princípios da vida e dos trabalhos da lei
universal. Os emblemas mesmos foram confundidos com os princípios que
representavam. Assim, por exemplo, o boi foi utilizado para simbolizar a força,
porém, no curso das idades, o verdadeiro significado foi esquecido e os homens
renderam culto ao boi, não como uma figuração, senão como uma realidade. Os
Heróis eram venerados por suas prodigiosas ações, extraordinárias virtudes,
estando em gratidão pelos serviços por eles prestados à sociedade. Depois de um
tempo, os mortais não imaginativos deificaram estes heróis, honrando aos homens
antes que às virtudes que eles representam. Assim é como a superstição
desnaturaliza as coisas razoáveis, levando ao ignorante o erro e os abusos que
inevitavelmente resultam do erro.
[18] Nesses remotos tempos, os sacerdotes
professavam as doutrinas mais sãs e iluminadas, e eram os inimigos da
ignorância, a traição, o engano e a superstição. É uma verdade demonstrada por
milhares de exemplos, que o conhecimento desenvolve a inteligência; que as
luzes da Filosofia, ao elevar a alma, expandem a razão e conduzem ao homem a
idéias que são justas, opiniões que são sábias, sentimentos que são
filantrópicos, e ações que são honráveis e proveitosas.
[19] Com a declinação dos Mistérios pagãos, os
membros das escolas secretas se separaram, e viajando a diferentes partes do
mundo, eles espalharam os fragmentos das velhas doutrinas entre muitas raças e
povos. Assim, uma porção da filosofia professada por aqueles que viviam junto
ao Nilo penetraram nos bosques da Alemanha, onde se mesclaram com práticas
bárbaras e perderam sua pureza e sublimidade. As perseguições religiosas nas
diferentes eras deportaram iniciados que espalharam as filosofias em nações
estrangeiras. É fácil entender como as sábias doutrinas, disseminadas entre
gente inculta, perderam seu sentido, e se degradaram em despotismo teológico e
superstição fanática.
Thomas Paine, menciona investigações que realizou acerca da origem da
Franco-Maçonaria entre os hábitos e práticas dos Druidas. Outros escritores
sustentam que a Franco-Maçonaria teve suas origens nos ritos praticados nas
Pirâmides. Isso indicaria que a presença de simbolismo Franco-Maçônico entre
tantos povos diferentes, aponta a uma origem comum dos símbolos, da doutrina e
da interpretação.
[20] Esta é provavelmente uma nota de um Irmão
Francês, que traduziu o trabalho do Alemão. É provável que a circuncisão fosse
real e não figurativa. Os praticantes Hindús de Hatha Yoga, tem a língua
cortada na parte de baixo para que esteja solta, de maneira de poder inserir a
ponta na garganta, e assim deter a respiração. – J. Y.
[21] O relato referente ao doce e agradável licor
que se oferecia ao novo profeta deveria entender-se alegoricamente. A taça
representava o conhecimento ou sabedoria da qual os homens bebem como de uma
fonte de água viva.
[22] A forma da Cruz nos leva muito mais
anteriormente da origem do Cristianismo. Os Gregos, por exemplo, usavam
ornamentos cruciformes. Suas construções, consagradas a várias crenças
religiosas, estavam construídas em forma de cruz. Esta forma representa os
quatro pontos cardeais ou ângulos do mundo.
[23] A palavra Adon significa senhor e é a raiz de
Adonis, que é o singular de Adonai.
[24] Os sacerdotes Egípcios eram muito estritos no
uso de qualquer bebida alcoólica e não permitiam vinhos ou bebidas fortes em
nenhuma de suas ordens. Maomé concordou com esta atitude e fez da temperança um
dos pilares do Islã.
[25] É daqui, segundo parece, que a palavra
sarcófago teve sua origem.
[26] De acordo com as antigas tradições, nos
banquetes importantes sempre se encontrava sentado um esqueleto humano no lugar
de honra, recordando os participantes que ainda quando festejavam e se
divertiam, a morte nunca estava longe deles; para usar um velho adágio, vive
bem neste mundo, porém nunca esqueças que prontamente deixarás este estado
temporal.
[27] Também há uma tradução muito semelhante a essa
em português, do livro Ritual do Grau de Mestre, de J.M.Ragon – Editora
Pensamento.