MACROIMAGENS (as faces do
tempo) Símbolos
teriomórficos (animalidade
angustiante). Fervilhamento:
agitação, larvas. Movimento:
rapidez, força. Mordicância:
devorar. ________________ Símbolos nictomórficos (escuridão). Noite repleta de trevas Água estagnada
e escura. ________________ Símbolos
catamórficos (imagens que aludem à queda ou ao
pecado). Epifanias do
medo, queda como punição, vertigem, sexualização da queda, arquétipo da
carne, eufemismo da carne (ventre digestivo e ventre sexual). O intestino,
o esgoto, o labirinto, o inferno intestinal. Isomorfismo
dos símbolos da morte e do tempo devastador. |
REGIME DIURNO Valor: razão. Símbolos: Ascensionais (elevação). Verticalidade:
ascensão. Asa:
angelismo. Soberania:
rei, pai, chefe, potência. ________________ Espetaculares (purificação,
distinção). Luz e Sol:
pureza celeste. Olho-verbo: luz, visão. ________________ Dieréticos As armas do
herói As armas espirituais
(batismos e purificações). ________________ Modalidade: heroica/polêmica. Gesto: ascensional e agressivo para
enfrentar o perigo da morte sem recuar. Tendência
afetiva para a
imagem e a função do Pai. |
REGIME CREPUSCULAR Valor: ora razão, ora emoção. Símbolos: Cíclicos Ciclo lunar, estações
do ano e períodos históricos, coincidentia oppositorum. O caracol, a
espiral. O andrógino. Drama
agrolunar: símbolo ofídico, ouruboros, trocar de pelo, transformação, Kundalinî,
serpente fálica. Progressão: árvore,
a cruz e o fogo, o fogo e a fertilidade, o fogo e a sexualidade, complexo de
Jessé. Tecnologia (objetos
representativos do tempo): fuso, roca, tecido, corrente, trama. ________________ Rítmicos Música, dança
e dramatizações. Fiandeira,
isqueiro, a vasilha (baratte). ________________ Modalidade: sintética/sistêmica. Gesto: organizado para transformar o
medo em silêncio e a morte em renascimento. Tendência
afetiva para a
imagem e a função ora do Pai, ora da Mãe. |
REGIME NOTURNO Valor: emoção. Símbolos: De inversão Eufemismo e
antífrase (queda/descida, abismo/ continente, noite escura, noite iluminada):
figuras femininas, profundezas aquática e telúrica, riqueza, fecundidade. Inversão e
dupla negação: eufemização do ventre sexual e do ventre digestivo. Encaixamento-redobramento:
complexo de Jonas e ogro contra Jonas. Mater (grandes mães), matéria (o vaso e
o estômago). ________________ De intimidade
O túmulo e o repouso
(eufemização da morte, antífrase da morte). Moradia e
taça. Alimento/substância,
mel, leite, transubstanciação. O bosque sagrado,
a mandala, a ubiquidade do centro, o recinto sagrado
(quadrado e circular), a crisálida. ________________ Modalidade: mística/eufemística. Gesto: assimilador e conciliador, para
criar harmonia e barrar o medo da morte. Tendência
afetiva para a
imagem da Mãe. |
Fonte:
BADIA, Denis Domeneghetti. Imaginário e Ação Cultural. Londrina: UEL,
1999. p. 83-94. STRÔNGOLI, Maria Thereza de Queiroz Guimarães. Encontros com
Gilbert Durand: cartas, depoimentos e reflexões sobre o imaginário. In:
PITTA, Danielle Perin Rocha. Ritmos do imaginário. Recife: UFPE, 2005.
p. 169-170. DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário.
São Paulo: Martins Fontes, 2012. p. 443.
Nenhum comentário:
Postar um comentário