sábado, 17 de novembro de 2018

VERGÄNGLICHKEIT




Por Hermann Hesse



Vergänglichkeit

Vom Baum des Lebens fällt
Mir Blatt um Blatt,
O taumelbunte Welt,
Wie machst du satt,
Wie machst du satt und müd,
Wie machst du trunken!
Was heut noch glüht,
Ist bald versunken.
Bald klirrt der Wind
Über mein braunes Grab,
Über das kleine Kind
Beugt sich die Mutter herab.
Ihre Augen will ich wiedersehn,
Ihr Blick ist mein Stern,
Alles andre mag gehn und verwehn,
Alles stirbt, alles stirbt gern.
Nur die ewige Mutter bleibt,
Von der wir kamen,
Ihr spielender Finger schreibt
In die flüchtige Luft unsre Namen.


Transitoriedade

Cai-me da árvore da vida
Folha por folha,
Oh mundo, vertigem colorida!
Como me sacia,
Como sacia e cansa
Como me inebria!
Hoje a chama mansa
Logo jaz em sombra fria.
Em breve zune o vento
Sobre minha cova rubra,
Sobre seu rebento
A mãe se debruça.
Os olhos dela quero rever,
Seu olhar é minha sorte,
Tudo pode partir e se perder,
Tudo morre, tudo tende à morte.
Só a grande mãe é eterna,
Seu ventre nos fez homem,
Seu dedo rabisca feito pena
No céu fugaz nosso nome.


FONTE:

Mariana Silva de Campos Almeida. “Vergänglichkeit”, de Hermann Hesse, em tradução direta do alemão para o português. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/clt/article/download/49499/53584/>. Acesso em: 17 nov. 2018.

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