A Lei
13.056 inscreveu o nome de Bárbara Pereira de Alencar no Livro dos Heróis da
Pátria.
No dia
4 de maio de 1817, acontecia a Proclamação da República no Crato/CE, por José
Martiniano Pereira de Alencar, seu irmão Tristão Gonçalves Pereira de Alencar
(depois Alencar Araripe), Frei Francisco de Santa Ana Pessoa e Inácio Tavares
Gondim. Nesse evento fantástico, elegeu-se a primeira presidente mulher no
Brasil.
Nascida
no dia 11 de fevereiro de 1760 na casa grande da fazenda Caiçara em Exu,
Bárbara Pereira de Alencar é considerada a primeira presa política do país. De
fato, na chamada república do Crato, a sra. Bárbara de Alencar, avó do
romancista José de Alencar, foi indicada como líder. Portanto, a primeira
presidente do Brasil pode não ter sido Dilma Rousseff. O fato é que, ao
contrário de Dilma, Bárbara de Alencar foi presa depois de exercer seu
"mandato", que durou apenas sete dias.
Com
efeito, a subversiva senhora foi detida depois do movimento revolucionário de
1817, quando no dia 11 foi restaurada a autoridade do rei pelo Capitão-mor José
Pereira Filgueiras. A propósito, o ato sedicioso no Crato era uma extensão do
movimento de emancipação realizado em Recife, pouco antes, e que contou com o
engajamento de Bárbara de Alencar e seus filhos. Ela ficou presa por quatro anos,
na Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Morreu a 28 de agosto de 1832, em Fronteiras,
sertão do Piauí, sendo sepultada na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo do
Socorro, no distrito de Itaguá, zona rural de Campos Sales, região do Cariri
cearense.